27/Oct/2025
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) subiu 0,18% em outubro, após ter avançado 0,48% em setembro. Com o resultado, o IPCA-15 registrou um aumento de 3,94% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta foi de 4,94%, ante taxa de 5,32% até setembro. A alta de 0,18% registrada em outubro pelo IPCA-15 foi a taxa mais branda para o mês desde 2022, quando subiu 0,16%. O resultado fez a taxa acumulada em 12 meses arrefecer. Em outubro de 2024, o IPCA-15 tinha registrado alta de 0,54%. A taxa do IPCA-15 acumulada em 12 meses passou de 5,32% em setembro de 2025 para 4,94% em outubro de 2025, a mais baixa desde janeiro deste ano, quando estava em 4,50%. Os preços de Alimentação e bebidas caíram 0,02% em outubro, após queda de 0,35% em setembro. O grupo deu uma contribuição negativa de 0,00% para o IPCA-15, que subiu 0,18% no mês.
Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve queda de 0,10% em outubro, após ter recuado 0,63% no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,19%, ante alta de 0,36% em setembro. O gasto das famílias brasileiras com alimentação e bebidas recuou em outubro pelo quinto mês consecutivo. O grupo Alimentação e bebidas saiu de uma redução de 0,35% em setembro para um recuo de 0,02% em outubro. A alimentação no domicílio diminuiu 0,10% em outubro. Ficaram mais baratos a cebola (-7,65%), ovo de galinha (-3,01%), arroz (-1,37%) e leite longa vida (-1,00%). Por outro lado, houve altas no óleo de soja (4,25%) e nas frutas (2,07%). A alimentação fora do domicílio aumentou 0,19%. A refeição fora de casa subiu 0,06%, e o lanche avançou 0,42%. Os preços de Transportes subiram 0,41% em outubro, após queda de 0,25% em setembro. O grupo deu uma contribuição positiva de 0,08% para o IPCA-15.
Os preços de combustíveis tiveram alta de 1,16% em outubro, após recuo de 0,10% no mês anterior. A gasolina subiu 0,99%, após ter registrado queda de 0,13% em setembro, enquanto o etanol avançou 3,09% nesta leitura, após alta de 0,15% na última. As altas nos preços da gasolina, passagens aéreas e etanol pressionaram juntas a inflação de outubro em 0,10%. Os combustíveis subiram 1,16%. O etanol avançou 3,09% (impacto de 0,02%), e a gasolina subiu 0,99% (item de maior pressão no mês, 0,05%). O óleo diesel aumentou 0,01%, enquanto o gás veicular teve queda de 0,40%. As passagens aéreas ficaram 4,39% mais caras em outubro, impacto de 0,03%. Houve altas também nos subitens ônibus urbano (0,32%) e metrô (0,03%). Os gastos das famílias brasileiras com Habitação passaram de uma elevação de 3,31% em setembro para um aumento de 0,16% em outubro, uma contribuição de 0,02% para o IPCA-15 deste mês.
A energia elétrica residencial passou de uma alta de 12,17% em setembro para uma queda de 1,09% em outubro, item de maior alívio individual sobre o IPA-15 deste mês, uma contribuição de -0,05%. Em setembro, houve a recomposição das faturas passado o efeito do Bônus de Itaipu creditado nas faturas emitidas no mês de agosto. Além disso, estava em vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2, adicionando R$ 7,87 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos. Em outubro, passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, reduzindo a R$ 4,46 o adicional na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos. Além disso, ainda em Habitação, houve aumentos nos subitens gás de botijão (1,44%) e aluguel residencial (0,95%). Os gastos das famílias brasileiras com Saúde e cuidados pessoais passaram de uma elevação de 0,36% em setembro para um aumento de 0,24% em outubro, uma contribuição de 0,03% para o IPCA-15 deste mês.
Houve pressão do aumento no plano de saúde, com elevação de 0,50% e contribuição de 0,02% para a inflação de outubro. Os gastos das famílias brasileiras com Despesas pessoais passaram de uma elevação de 0,20% em setembro para um aumento de 0,42% em outubro, uma contribuição de 0,04% para o IPCA-15 deste mês. O resultado do grupo foi impulsionado pelos aumentos em cinema, teatro e concertos (2,05%), pacote turístico (1,97%) e empregado doméstico (0,52%). Três dos nove grupos de produtos e serviços que integram o IPCA-15 registraram quedas de preços em outubro. As deflações ocorreram em Alimentação e bebidas, queda de 0,02%, uma contribuição de 0,00% para a alta de 0,18% registrada pelo IPCA-15 deste mês; Comunicação, redução de 0,09% e impacto de 0,00%; e Artigos de residência, queda de 0,64% e impacto de -0,02%.
Os aumentos foram registrados em Habitação, alta de 0,16% e impacto de 0,02%; Transportes, aumento de 0,41% e contribuição de 0,08%; Educação, alta de 0,09% e impacto de 0,01%; Saúde e cuidados pessoais, alta de 0,24%, impacto de 0,03%; Vestuário, aumento de 0,45%, impacto de 0,02%; e Despesas Pessoais, aumento de 0,42%, impacto de 0,04%. O resultado geral do IPCA-15 em outubro foi decorrente de quedas de preços em quatro das onze regiões pesquisadas, e aumentos nas sete demais. A maior taxa foi registrada em Goiânia (GO), alta de 1,30%. O menor resultado ocorreu em Belém (PA), queda de 0,14%. O recuo de 1,09% na energia elétrica residencial resultou no maior alívio sobre o IPCA-15 de outubro. O subitem respondeu por uma contribuição de -0,05% para a taxa de 0,18% apurada pelo IPCA-15 de outubro.
Também houve influência negativa significativa de seguro voluntário de veículo, com queda de 2,12% e impacto de -0,02%. Na direção oposta, figuraram no ranking de maiores pressões sobre o IPCA-15 de outubro os subitens gasolina (alta de 0,99% e impacto de 0,05%), aluguel residencial (0,95% e 0,03%), passagem aérea (4,39% e 0,03%), plano de saúde (0,50% e 0,02%), etanol (3,09% e 0,02%) e gás de botijão (1,44% e 0,02%). Para o Banco Inter, o resultado do IPCA-15 de outubro reafirmou a tendência recente de desinflação da economia brasileira, com uma leitura quantitativa e qualitativa positiva. A expectativa para os últimos meses do ano é de manutenção dessa tendência de desinflação, com menores pressões nos combustíveis e energia, enquanto a política monetária restritiva deve contribuir para manter a inflação de serviços e núcleos em queda. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.