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28/Oct/2025

Dólar cai com alívio das tensões entre Brasil e EUA

O dólar fechou esta segunda-feira (27/10) em baixa ante o Real, reagindo ao recuo da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior e ao encontro no fim de semana, considerado positivo pelo mercado, entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O dólar fechou em baixa de 0,42%, a R$ 5,37. No ano, a divisa acumula queda de 13,08%. No domingo (26/10), Lula e Trump se encontraram na Malásia para discutir a agenda comercial e econômica entre os dois países. Lula pediu a Trump que a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros seja suspensa durante o processo de negociação entre os países.

Lula afirmou que Trump "garantiu" que os dois países chegarão a um acordo sobre comércio. O presidente norte-americano, por sua vez, após deixar a Malásia, disse que teve uma "boa reunião" com Lula, a quem descreveu como "um cara bastante enérgico", mas estava incerto sobre as perspectivas de um acordo. "Não sei se algo vai acontecer, mas veremos", disse a repórteres. O encontro entre os dois presidentes contribuiu para reduzir um pouco mais as tensões entre Brasil e Estados Unidos, o que abriu espaço para a baixa do dólar ante o Real nesta segunda-feira (27/10), em paralelo ao avanço do Ibovespa para perto dos 147 mil pontos.

Na cotação mínima da sessão, o dólar atingiu R$ 5,35 (-0,62%), logo após a abertura, mantendo-se no território negativo durante todo o restante do dia. O movimento esteve em sintonia com o recuo da moeda norte-americana ante quase todas as demais divisas no exterior, onde os investidores demonstravam otimismo em relação a um possível acordo comercial entre Estados Unidos e China, após Trump afirmar que os dois países estão prontos para isso. Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, devem se reunir no final desta semana. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,10%, a 98,821.

O Banco Central do Brasil vendeu em duas operações simultâneas US$1 bilhão no mercado à vista e 20.000 contratos de swap cambial reverso, também no valor de US$1 bilhão. As duas operações simultâneas, conhecidas como “casadão”, têm efeito nulo em termos de exposição cambial, já que o Banco Central vende dólares no mercado à vista numa ponta e, em outra ponta, compra dólares no mercado futuro (por meio do swap reverso). Ao fazer isso, melhora a liquidez no mercado à vista, sem influenciar as cotações. O Banco Central vendeu 49.000 contratos de swap cambial tradicional, neste caso para rolagem do vencimento de novembro. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.