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30/Oct/2025

Montadoras: Brasil dialoga com China sobre chips

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, contatou o embaixador chinês no Brasil e o embaixador brasileiro na China para excetuar o País na crise geopolítica de semicondutores. Alckmin teve reunião com representantes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e da Associação Brasileira da Indústria de Autopeças (Abipeças) para tratar do assunto. O novo risco de abastecimento de componentes eletrônicos, cuja escassez já tinha parado as montadoras durante a pandemia, está relacionado agora a restrições de fornecimento sofridas pela Nexperia, fabricante de semicondutores de origem chinesa que teve o controle assumido no fim do mês passado pelo governo holandês.

Boa parte dos chips produzidos pela Nexperia é embalada na China, que, numa disputa sobre propriedade intelectual com a Holanda, proibiu as exportações dos semicondutores. É importante ressaltar que a crise é de natureza geopolítica internacional, ressaltou o MDIC, citando o potencial de impacto na oferta de semicondutores para o setor automotivo, visto que a Nexperia corresponde a 40% do market share mundial desse tipo de chip, que é ofertado para carros flex na operação. O pedido do setor produtivo é uma tentativa de diálogo por parte do governo brasileiro com o governo chinês para deixar bem claro que o Brasil está fora desse conflito de natureza geopolítica e que, portanto, o Brasil não pode e não deve participar ou sofrer as consequências desse embargo. O setor automotivo corresponde a 20% da indústria de transformação e sua paralisação significa impactar diretamente 130 mil empregos e 1,3 milhão de empregos diretos e indiretos. Essa é uma prioridade do vice-presidente.

O Brasil se compromete nesse sentido a ter a compra do chip para a oferta do mercado interno, sem interesse nenhum em exportar para outros mercados. Ou seja, o Brasil se compromete em assumir a rastreabilidade da compra desse chip e isso é fácil de ser feito. A Anfavea tem alertado que o setor automotivo está em uma iminente crise de fornecimento de chips. De acordo com a entidade, os efeitos devem ser sentidos nas próximas duas a três semanas, afetando todos os segmentos dependentes, incluindo veículos leves, pesados e máquinas, por exemplo. Uma articulação do governo brasileiro junto à China poderia ajudar na reversão do cenário projetado. O problema está relacionado a questões geopolíticas intensificadas neste mês. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.