24/Nov/2025
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sinalizou apoio à adesão do Brasil como país-membro do organismo internacional. O Brasil formalizou pedido de entrada no grupo em 2022. O grupo reúne os 38 países mais ricos do mundo. A OCDE é importante para o fomento e cooperação nas áreas da economia e sustentabilidade. O Brasil quer ampliar sua participação na OCDE e avançar em temas estratégicos da agenda agrícola internacional. Constatação nesse sentido foi observada na quinta-feira (20/11), depois de reunião bilateral entre o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e a diretora de Comércio e Agricultura da OCDE, Marion Jansen, na AgriZone, a casa da agricultura sustentável na COP30, em Belém (PA). Segundo comunicado do Ministério da Agricultura, durante a reunião, foram discutidos indicadores agroambientais e os trabalhos conduzidos pelos grupos da OCDE dedicados à agricultura, comércio, meio ambiente e políticas agrícolas.
Um dos pontos de destaque foi o realinhamento da participação brasileira no Programa de Cooperação e Pesquisa (CRP), considerado fundamental para fomentar estudos, inovação e intercâmbio técnico entre países. Fávaro ressaltou a importância de que métricas globais reflitam de maneira mais precisa as realidades produtivas tropicais. A bilateral marcou também a apresentação da nova adida brasileira na OCDE, Bárbara Cordeiro, que assumirá o posto em janeiro de 2026. O diálogo abriu novas perspectivas de cooperação e consolidou o interesse mútuo em fortalecer a atuação técnica do Brasil na organização. "Estamos trabalhando para que a voz do Brasil esteja cada vez mais presente nos fóruns internacionais. Nossa produção sustentável, aliada à inovação, nos coloca em posição de apoiar agendas globais e garantir que decisões sobre agricultura e comércio levem em conta a realidade de quem produz alimentos com responsabilidade", destacou o ministro.
Após a reunião, a OCDE promoveu o painel “O desafio do comércio agrícola sustentável: um diálogo de alto nível”, na AgriZone. Os participantes abordaram a harmonização de indicadores, estratégias de mitigação e adaptação climática e políticas que considerem a diversidade das realidades produtivas ao redor do mundo. Foi destacado o papel estratégico do Brasil. O Brasil tem excelência na agenda da sustentabilidade e na preservação ambiental, mas também se destaca pela produção de alimentos. O País pode liderar pelo exemplo, com atividades produtivas sustentáveis e responsabilidade ambiental, aliadas à inovação e à tecnologia. Esses elementos permitem que o Brasil se consolide cada vez mais como um player estratégico na produção de alimentos, garantindo a segurança alimentar global e conciliando preservação ambiental e desenvolvimento do setor produtivo. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.