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24/Nov/2025

Revogação das tarifas é benéfica para EUA e Brasil

Segundo a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), a retirada do tarifaço de 40% pelos Estados Unidos sobre produtos agrícolas brasileiros tende a beneficiar ambos os lados, mas seu principal efeito recai sobre questões internas norte-americanas. A medida deve ter impacto positivo sobre o Brasil, do ponto de vista econômico, mas ressalta a importância de as negociações continuarem, com foco nos bens industriais. Na parte industrial o impacto ainda é muito pequeno até agora.

Com a redução das sobretaxas anunciadas, Donald Trump reconheceu que a medida havia sido inadequada. Em um primeiro momento, se imaginava que iria gerar receita e combater o déficit interno nos Estados Unidos, mas, no fundo, não gerou nada disso. Resultou, na verdade, em inflação interna e não necessariamente em condições para combater esse déficit. Embora beneficie ambos os lados, essa revogação tem efeitos diferentes nos países. Sob a lógica de Donald Trump, foi mais politicamente importante.

Sob a lógica brasileira, economicamente. Sob a perspectiva doméstica, mesmo que a medida tenha efeito principalmente sobre itens como carne e o café, produtos que o Brasil conseguiu redirecionar para outros mercados, ela tende a impactar positivamente a economia, em razão do volume elevado de produção desses itens. No entanto, que ainda é necessário avançar nas negociações com foco nos produtos industriais. Nesse quesito, a briga tende a ser “mais acirrada”, com a questão do custo diretamente em jogo.

O ‘custo Brasil’ já reduz a competitividade dos bens industriais nacionais e as tarifas agravam essa situação. Também no radar de preocupações está a investigação comercial dos Estados Unidos em relação ao Brasil, que ocorre no âmbito da seção 301. A indefinição proporcionada pela apuração, que ainda está em curso, contribui para que o País “não tenha a condição de ter uma posição mais clara e mais competitiva.” Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.