25/Nov/2025

Segundo a agência de classificação de risco Moody's, o crescimento econômico do Brasil deve permanecer fraco em 2026, inferior aos níveis observados entre 2023 e 2024, com a pressão inflacionária resultando em queda nos gastos do consumidor e afetando as métricas de lucro e crédito das empresas de consumo, juntamente com as tensões comerciais. A guerra comercial e as mudanças na política dos Estados Unidos têm impactado o comércio brasileiro, levando o Brasil a adotar políticas mais voltadas para a indústria doméstica e o protecionismo comercial. Os exportadores brasileiros de soja têm se beneficiado da redução das importações dos Estados Unidos pela China, mas há desafios no horizonte devido às tarifas e mudanças regulatórias.

Internamente, a arena política brasileira enfrenta incertezas com a aproximação das eleições de 2026. As empresas não financeiras encontram-se em um período de preparação para possíveis instabilidades, enquanto lidam com passivos de curto prazo, enquanto a confiança do consumidor provavelmente ficará mais volátil conforme a data da eleição se aproximar. A aversão ao risco no Brasil está em alta, exacerbada por eventos recentes como um "grande default corporativo" (alusão aos problemas financeiros da Ambipar). Isso tem elevado os spreads para emissores de dívida, particularmente no mercado externo, representando um risco para emissores com perfil de risco mais elevado se a situação persistir.

Em termos climáticos, o Brasil enfrenta desafios devido à vulnerabilidade a eventos extremos, como secas e inundações, agravados pelas condições do fenômeno La Niña que devem persistir até fevereiro de 2026. Tais eventos tiveram impactos significativos na infraestrutura do Rio Grande do Sul em 2024, exemplificando os riscos contínuos que o Brasil enfrenta. Ainda assim, o Brasil permanece uma atraente localização para desenvolvedores de data centers, devido à sua abundante energia renovável e um ambiente de investimento favorável. A capacidade digital robusta do País, aliada a preços competitivos de energia, continua a ser um ponto positivo em um cenário geral desafiador e em evolução. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.