25/Nov/2025
Segundo dados do "Boletim de Finanças Privadas do Agro" do Ministério da Agricultura, os títulos para o financiamento do agronegócio com recursos privados somaram R$ 1,399 trilhão em estoques até o fim de outubro. O avanço é de 19,4% de outubro de 2024 a outubro de 2025. Há um ano, os estoques de Cédulas de Produto Rural (CPR), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas do Agronegócio (Fiagros) somavam R$ 1,172 trilhão.
Em setembro deste ano, o estoque era de R$ 1,379 trilhão. O maior crescimento foi reportado no estoque de Cédulas de Produto Rural (CPR), que cresceu 23% em outubro ante igual mês do ano anterior, de R$ 446,99 bilhões para R$ 547,61 bilhões, distribuídos em 396 mil certificados. O tíquete médio dos títulos avançou 0,5% na comparação anual, para R$ 1,38 milhão. Na comparação entre as safras, houve queda de 1% no registro de CPRs de julho a outubro da temporada 2025/2026 ante 2024/2025, passando de R$ 143,40 bilhões para R$ 141,39 bilhões registrados.
As Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) apresentaram alta de 20% nos estoques na comparação anual, a R$ 605,93 bilhões. A LCA é hoje a principal fonte de recursos livres direcionados à concessão de crédito rural. Do total, pelo menos R$ 363,56 bilhões foram reaplicados no financiamento rural, 44% mais do que um ano antes. Os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), por sua vez, subiram 18%, para um estoque de R$ 170,04 bilhões em outubro. O estoque dos Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) recuou 16%, a R$ 32,34 bilhões ao fim de outubro.
O patrimônio líquido dos Fiagros era de R$ 43,1 bilhões ao fim de março, dados mais recentes, avanço anual de 13%, em 142 fundos administrados, distribuído em 44,6% em fundos imobiliários, 39,4% em fundos de participações e 16% em direitos creditórios. O levantamento de títulos do agronegócio é feito pela Coordenação Geral de Instrumentos de Mercado e Financiamento, do Departamento de Política de Financiamento ao Setor Agropecuário, da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. O balanço considera dados da B3, CERC e CRDC, Anbima, Comissão de Valores Mobiliários e Banco Central do Brasil. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.