ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

25/Nov/2025

Dólar recua com previsão de corte de juros nos EUA

O dólar oscilou em margens estreitas no Brasil e fechou esta segunda-feira (24/11) muito próximo da estabilidade, abaixo dos R$ 5,40, em meio ao aumento das apostas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) cortará juros em dezembro, enquanto no exterior a moeda norte-americana sustentava leves perdas ante outras divisas de emergentes. O dólar encerrou a sessão em leve baixa de 0,13%, a R$ 5,39. No ano, a divisa acumula perdas de 12,69%. Na sexta-feira (21/11), as apostas de que o Federal Reserve cortará sua taxa de juros em dezembro voltaram a ser majoritárias no mercado de títulos norte-americano, invertendo a precificação anterior. Nesta segunda-feira (24/11), conforme a Ferramenta CME FedWatch, o mercado precificava 80,9% de probabilidade de corte de 25 pontos-base, contra 19,1% de chance de manutenção na faixa de 3,75% a 4,00%.

A perspectiva de corte de juros nos Estados Unidos fez o dólar ceder no Brasil, mas a oscilação foi limitada, sem que houvesse gatilhos para movimentos mais fortes. Após atingir a cotação mínima intradia de R$ 5,37 (-0,43%), o dólar atingiu a máxima de R$ 5,40 (+0,09%). Da mínima para a máxima, a moeda norte-americana oscilou apenas 0,52%. Segundo a Nomad, o dólar recuou em um ambiente mais construtivo para moedas emergentes. A expectativa renovada de corte de juros já na reunião de dezembro reduziu a pressão da divisa a nível global medida pelo índice DXY, em um pregão marcado pelo apetite global por risco, evidenciado pela alta dos principais índices de ações dos Estados Unidos. Internamente, destaque para a fala do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, durante evento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Galípolo afirmou que a diretoria do Banco Central ainda está insatisfeita com o nível da inflação, que ainda não convergiu para a meta de 3%, e acrescentou que é por isso que os juros seguem em patamar restritivo.

A Selic está atualmente em 15% ao ano, enquanto nos Estados Unidos a taxa de referência está na faixa de 3,75% a 4,00%. Este diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos tem sido apontado por analistas como um fator de atração de recursos para o País, o que vem mantendo o dólar em níveis mais baixos. No boletim Focus, o dólar projetado pelos economistas do mercado para o fim deste ano segue em R$ 5,40. A mediana das projeções para a Selic no fim de 2025 permanece em 15%, mas para o fim de 2026 cedeu de 12,25% para 12,00%. O Banco Central realizou dois leilões simultâneos de linha (venda de dólares com compromisso de recompra), nos quais vendeu um total de US$ 2,0 bilhões. As operações tinham como objetivo a rolagem do vencimento de 5 de janeiro de 2026. O índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, caía 0,09%, a 100,150. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.