15/Dec/2025
Em estimativa inicial, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) calculou que as novas medidas tarifárias do México poderão impactar US$ 1,7 bilhão (14,7%) do que foi exportado pelo Brasil ao México em 2024. O Congresso mexicano aprovou na quarta-feira (10/12), um aumento de pelo menos 35% nas tarifas de importação de 1,4 mil produtos de 12 países com os quais não possui acordos comerciais, entre eles o Brasil e a China, este último o principal país afetado. A expectativa é de que as novas tarifas entrem em vigor a partir de 1º de janeiro de 2026.
O partido da presidente Claudia Sheinbaum, que afirmou que as tarifas eram necessárias para impulsionar a produção nacional, controla ambas as Casas. A CNI defende que o governo avance na negociação de acordo de livre comércio mais abrangente com o México, mercado prioritário da agenda internacional da indústria nacional. A medida é considerada fundamental para proteger e ampliar a relação comercial bilateral, sobretudo neste momento. Um dos principais pontos destacados na análise é que os acordos bilaterais vigentes são insuficientes e, principalmente neste momento, pode haver redução da competitividade brasileira.
É importante que os governos do Brasil e do México intensifiquem o diálogo bilateral, de modo a isentar ou diferenciar os produtos brasileiros das tarifas de importação anunciadas pelo México, que vão na contramão das negociações em curso. Isso permitirá a manutenção do compromisso conjunto de modernizar a relação econômica, à medida que se cumpre com celeridade o cronograma do plano de trabalho para atualização dos acordos comerciais.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou que o governo irá atuar para equacionar o problema da imposição do tarifaço do México ao Brasil. As alíquotas de importação aplicadas pelo país são de no mínimo 35% e afetam 1,4 mil produtos de 12 nações, entre eles Brasil e China. O governo brasileiro esteve no México e foi feito o entendimento para aumentar as chamadas linhas tarifárias de preferência. O Brasil tem com o México o número de linhas tarifárias de referência pequeno. Então, esse trabalho está em curso. O Brasil vai trabalhar para aumentar essas linhas tarifárias e atuar para equacionar esse problema. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.