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16/Dec/2025

IBGE aguarda recursos para o Censo Agropecuário

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aguarda a aprovação do orçamento de R$ 700 milhões necessários aos preparativos do já atrasado Censo Agropecuário em 2026, para que possa ir à coleta de campo em 2027. O cronograma inicial previa os preparativos em 2025 e coleta em campo em 2026, mas foi adiado por falta das verbas demandadas no orçamento da União. “Diante das dificuldades de dotação orçamentária, (...) a gente teve que fazer o replanejamento das ações. O ano de 2026, que seria originalmente um ano de coleta, ele passou a ser um ano de preparação, com o início de uma etapa de cadastro no final de 2026, com a coleta iniciando em abril de 2027”, disse Fernando Damasco, coordenador-geral de Operações Censitárias do IBGE. “É importante registrar que o ano de 2025 seria o ano da preparação, mas foi um ano em que a gente não teve dotação orçamentária para o censo, diante de uma série de dificuldades relacionadas ao orçamento da União. Então todo esse planejamento foi reposicionado para 2026 e 2027.”

O levantamento censitário prevê a coleta de informações de cerca de 5 milhões de estabelecimentos agropecuários em todo o País. No novo cronograma, caso os recursos previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual estejam garantidos, o IBGE dará início em outubro de 2026 ao cadastro de estabelecimentos para coleta de dados online, que começaria a ser feita em janeiro de 2027. Em abril de 2027 teria início a coleta presencial. A efetivação do cronograma atualmente vigente ainda depende da confirmação da dotação orçamentária para 2026 e da aprovação do processo seletivo simplificado para contratação de trabalhadores temporários para o levantamento. Devido ao período de defeso eleitoral, o instituto precisaria da homologação do processo seletivo até o início de julho de 2026, caso contrário, por limitação da legislação, só seria possível convocar os aprovados em janeiro de 2027. São restrições a que o IBGE está submetido. Esses dois condicionantes são cruciais, porque se eles não se concretizarem, o IBGE não tem as condições necessárias para realizar a pesquisa.

A verba para os preparativos envolve a viabilização de testes, contratação de analistas censitários e aquisições de equipamentos, entre eles aproximadamente 27 mil tablets. A sinalização é de R$ 700 milhões, que é um orçamento suficiente para as etapas preparatórias. Mas, não é suficiente para realização da coleta. A equipe técnica tinha estimado inicialmente um orçamento de mais R$ 1,8 bilhão para o ano de coleta do censo, mas prevê ajustes para adequar o montante às necessidades de atração e retenção de mão de obra, além de encarecimento de custos como combustíveis, por exemplo. O primeiro pré-teste do Censo Agropecuário foi realizado entre os dias 1º e 12 de dezembro, em seis municípios: Alfenas (MG), Grão Mogol (MG), Bacabal (MA), Sobradinho (BA), Juazeiro (BA) e Nova Friburgo (RJ). O principal objetivo era avaliar aspectos como logística, metodologia, uso do aplicativo de coleta, tempo de aplicação e compreensão dos informantes sobre o questionário. São municípios com uma diversidade significativa de biomas, que reúnem diferentes padrões produtivos, uma diversidade de estrutura fundiária bastante importante.

O censo passará a investigar mais detalhadamente na próxima edição temas como expectativa do produtor sobre sucessão familiar, perdas decorrentes de alterações climáticas, destino municipal da produção e uso de tecnologias. Os assuntos já foram inseridos no teste piloto, com boa compreensão dos informantes. O IBGE aguarda a confirmação dos recursos previstos para 2026, na lei orçamentária de 2026. Por enquanto, a há uma sinalização no âmbito do projeto de lei orçamentária, mas isso vai ser apreciado ainda pelo Congresso Nacional. A expectativa é de que esses recursos sejam confirmados, para garantir a execução desse trabalho, de modo a devolver para sociedade brasileira os dados que o Brasil precisa. Além dos R$$ 700 milhões pretendidos para o Censo Agropecuário, o Ministério do Planejamento alocou outros R$ 30 milhões em recursos no orçamento do IBGE para o primeiro censo da população em situação de rua. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.