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16/Dec/2025

Inflação desacelerando ritmo de alta em dezembro

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-10) subiu 0,04% em dezembro, após alta de 0,18% em novembro. O indicador acumulou queda de 0,76% no ano de 2025, após alta de 6,61% em 2024. Entre os componentes do IGP-10, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) caiu 0,03% em dezembro, ante alta de 0,15% em novembro. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) subiu 0,21% em dezembro, depois de um avanço de 0,21% em novembro. Já o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) avançou 0,22% em dezembro, ante alta de 0,30% em novembro. O período de coleta de preços para o índice de dezembro foi de 11 de novembro a 10 de dezembro. As altas de 15,57% na passagem aérea e de 1,99% na energia elétrica residencial ajudaram a sustentar a inflação ao consumidor medida pelo IGP-10 em dezembro, a despeito do recuo nos preços dos alimentos. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10) passou de uma alta de 0,21% em novembro para uma elevação de 0,21% em dezembro.

No ranking de principais alívios em dezembro figuraram o tomate (-17,43%), leite longa vida (-5,60%), perfume (-4,03%), aparelho telefônico celular (-1,46%) e móveis para residência (-1,16%). Na direção oposta, houve pressão da passagem aérea (15,57%), tarifa de eletricidade residencial (1,99%), refeições em bares e restaurantes (0,72%), aluguel residencial (0,55%) e plano e seguro de saúde (0,44%). Em relação ao mês anterior, três das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas: Educação, Leitura e Recreação (de 0,41% em novembro para 1,86% em dezembro), Habitação (de -0,16% para 0,28%) e Transportes (de 0,13% para 0,23%). As taxas foram mais baixas nos grupos Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,67% para 0,16%), Alimentação (de 0,13% para -0,19%), Vestuário (de 0,37% para -1,30%), Despesas Diversas (de 0,76% para 0,00%) e Comunicação (de 0,11% para 0,10%). Os recuos tanto nos preços agropecuários quanto nos industriais puxaram a deflação no atacado dentro do IGP-10 de 2025. O IGP-10 encerrou este ano com queda de 0,76%, ante alta de 6,61% em 2024.

O componente Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10), que mede a variação de preços no atacado, caiu 2,87% em 2025, após elevação de 7,31% no ano passado. Dentro do IPA-10, os preços de produtos agropecuários tiveram deflação de 6,07% no ano de 2025, enquanto os industriais caíram 1,71%. Os preços ao produtor fecharam 2025 com queda próxima de 3%, influenciados por produtos agropecuários e industriais. O resultado reflete boas safras e a sensibilidade às commodities internacionais, que reduziram preços de alimentos e repercutiram nos processados, levando a indústria de transformação a variar 0,7%, bem abaixo dos 5,28% de 2024. Quanto aos diferentes estágios de processamento no atacado, o grupo de Bens Finais teve elevação de 2,06% em 2025; o grupo Bens Intermediários, queda de 0,98%; e o grupo das Matérias-Primas, recuo de 7,13% no ano. O componente de Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que mede a variação de preços no varejo, subiu 4,01% em 2025, ante alta de 4,11% em 2024. Nos preços ao consumidor, Habitação teve maior peso, puxada pela volatilidade das tarifas de energia elétrica residencial; sem a desaceleração de alimentos e transportes no segundo semestre, o IPC poderia ter superado 2024.

Todos os grupos do IPC-10 registraram altas de preços no ano: Educação, Leitura e Recreação (0,59%), Habitação (5,67%), Transportes (3,09%), Saúde e Cuidados Pessoais (5,56%), Alimentação (4,44%), Vestuário (1,35%), Despesas Diversas (5,28%) e Comunicação (0,58%). O componente Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10), que mede a evolução da inflação na construção, registrou alta de 6,18% em 2025, ante aumento de 6,35% em 2024. O INCC encerrou 2025 ligeiramente abaixo de 2024 (6,35%), com desaceleração em Materiais, Equipamentos e Serviços, especialmente Material para Instalação e Materiais Metálicos (cerca de 18% do índice), e compensação via Mão de Obra, com a técnica e especializada subindo, em média, 9%. Em 2025, no INCC-10, o Índice que representa o custo de Materiais, Equipamentos e Serviços teve um aumento de 4,06%, e o que representa o custo da Mão de Obra subiu 9,23%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.