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16/Dec/2025

Clima: previsão para dezembro e janeiro no Brasil

Segundo o Itaú BBA, as projeções climáticas para o restante de dezembro e janeiro indicam chuvas regulares ou acima da média nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste, cenário que tende a garantir condições adequadas para o desenvolvimento das culturas de verão (1ª safra) e reduzir os riscos de estresse hídrico nas principais regiões produtoras. Porém, a irregularidade observada no início do ciclo ainda exige monitoramento regional. O fenômeno climático La Niña permanece confirmado até fevereiro de 2026, com pico previsto para este mês. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as precipitações devem seguir favoráveis nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste, sustentando a umidade do solo e o crescimento das lavouras. No entanto, áreas do Cerrado com maior dependência da regularidade hídrica ainda podem enfrentar desafios pontuais. Para o restante de dezembro, o clima deve seguir o padrão típico associado ao La Niña, que atinge seu pico neste período.

As chuvas tendem a permanecer regulares ou até acima da média histórica, favorecendo a umidade do solo. Na Região Sul do País, a dinâmica segue distinta. A expectativa é a de que o Rio Grande do Sul mantenha volumes menores de precipitação, em linha com o comportamento característico do La Niña. O padrão climático será marcado por alternância entre períodos de tempo firme e o retorno das chuvas associadas à passagem de frentes frias, sem indicação, neste momento, de estiagem prolongada. As temperaturas devem recuar nos próximos dias, reflexo da maior frequência dessas frentes. Apesar do quadro ainda desafiador, as condições tendem a se tornar gradualmente mais favoráveis para a agricultura no Rio Grande do Sul após o atraso significativo na regularização das chuvas. O tempo seco observado até o momento beneficiou a colheita do trigo e a semeadura do arroz, mas limitou o avanço do plantio de soja e milho em algumas áreas, o que mantém a região sob atenção nas próximas semanas.

No Cerrado Mineiro (MG), que enfrentou escassez severa de chuvas em outubro, com acumulados inferiores a 40 milímetros, o retorno das precipitações já começa a favorecer novas floradas do café. Contudo, os impactos da seca prolongada ainda devem ser acompanhados de perto, sobretudo em relação ao potencial produtivo da safra 2026/2027. A intensidade fraca de La Niña e o enfraquecimento esperado do fenômeno no primeiro trimestre de 2026 devem limitar impactos negativos mais severos no ciclo atual. Ainda assim, dezembro segue como mês decisivo para consolidar o potencial produtivo da safra de verão (1ª safra 2025/2026) e preservar a janela ideal de plantio da 2ª safra de milho de 2026, que pode ser comprometida caso o excesso de chuvas atrase o ciclo da soja. Se as precipitações permanecerem em excesso por mais tempo, podem atrasar o ciclo das culturas e reduzir a janela ideal para o plantio da 2ª safra de 2026, especialmente do milho. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.