Plano ABC é instrumento para as metas da COP 23

Segundo o Centro de Estudos em Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (GVAgro), o plano de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) é um instrumento de referência para que o Brasil possa avançar no cumprimento de metas para próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 23, que ocorrerá em Bonn, na Alemanha, entre os dias 6 e 19 de novembro deste ano. No entanto, o plano ABC ainda não está avançando como o esperado. A entidade lançou, nesta quarta-feira (27/09), dois estudos que analisam a estratégia brasileira para a Agricultura de Baixo Carbono. Os estudos oferecem contribuições para o Brasil potencializar suas metas de redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) do setor agropecuário.

Uma das análises desenvolveu um modelo econômico-ambiental capaz de simular os efeitos da implementação das metas do Plano ABC até 2020 para recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas e expandir o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF) em 4 milhões de hectares, duas das metas do Plano de Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC). Além disso, o estuda estima as emissões GEE alcançadas ao fim das implementações. A implementação das metas do Plano de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) até 2020 para recuperar 15 milhões de hectares de pastagens degradadas no Brasil pode custar entre R$ 26,7 bilhões e R$ 31,3 bilhões. A estimativa é menor do que o previsto inicialmente pelo governo federal (R$ 43,9 bilhões) e faz parte do estudo "Impactos Econômicos e Ambientais do Plano ABC", que foi apresentado nesta quarta-feira (27/09) na Fundação Getúlio Vargas (FGV), juntamente com o "Análise dos Recursos do Programa ABC".

Para expandir a integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF) em 4 milhões de hectares, o total seria de R$ 7,7 bilhões a R$ 7,8 bilhões. O valor está abaixo do esperado, mas, ainda assim, o Plano ABC disponibilizou ainda muito pouco perto do que era esperado. O objetivo do plano é reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) na agropecuária entre 134 milhões e 163 milhões de toneladas de gás carbônico. No entanto, o ritmo de redução está aquém do necessário para que este objetivo seja cumprido até 2020. O Brasil precisa ajustar o modo que vem lidando com as estratégias de implementação do plano. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Carlos Cogo Consultoria Agroeconômica.


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