25/Jul/2019
O Fundo Monetário Internacional (FMI) destacou no documento Artigo IV, sobre o Brasil, que a recuperação do País continua lenta e está sujeita a riscos, como incertezas relacionadas à consolidação fiscal. A posição externa do Brasil continua forte, com altas reservas, câmbio flutuante e o déficit de contas correntes financiado por investimentos diretos no País. Por outro lado, o déficit de transações correntes atingirá 1,5% do PIB neste ano, devido a fatores relacionados ao setor de energia e à recessão na Argentina, que reduz as exportações nacionais para a nação vizinha.
O FMI também apontou que o sistema financeiro no Brasil é bem capitalizado, embora as margens de intermediação permanecem altas. O País deverá crescer 0,80% em 2019 e que a aceleração da expansão da atividade em 2020 está condicionada à aprovação de robusta reforma da Previdência Social. A economia nacional deverá avançar 2,4% no próximo ano. O cumprimento do teto de gastos federais nos próximos anos dependerá da aprovação da reforma da Previdência e outras medidas de consolidação. A melhora do quadro das contas públicas e as reformas estruturais são necessárias para o País enfrentar os legados de baixo crescimento e de alta dívida pública.
A reforma da Previdência é imperativa para assegurar a sustentabilidade fiscal e melhorar a distribuição de renda e é bem-vindo o recente progresso nesta área. São necessárias medidas adicionais para colocar as finanças do governo no caminho sustentável, como conter a expansão dos salários de servidores públicos, reduzir outras despesas correntes e enfrentar a rigidez do Orçamento. A simplificação do complicado e distorcido sistema tributário irá apoiar o crescimento. É importante proteger o investimento público e programas sociais eficientes, entre eles o Bolsa Família. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.