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06/Ago/2019

Brasil: desafio de elevar a produção de alimentos

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, abordou o desafio de aumentar a produção de alimentos para atender a demanda crescente de alimentos no mundo. Em dez anos, a demanda aumentará 35%. A população mundial prevista para 2030 é de 8,5 bilhões de pessoas. Ao mesmo tempo, é previsto aumento da urbanização, da longevidade e melhoria de renda. A agricultura deve responder a novos desafios. Ela destacou a necessidade de o País se preparar para antecipar e modelar futuros possíveis para o agro brasileiro e mundial. Sobre o acordo Mercosul-União Europeia, ela afirmou que abre um vasto conjunto de oportunidades para as cadeias produtivas. Segundo a ministra, Estados Unidos e China seguirão como protagonistas e forças globais predominantes em 2030.

O Japão enfrentará grandes desafios, sobretudo devido a fortes pressões demográficas. A Índia, em função de questões geopolíticas e domésticas, terá dificuldades de se colocar como potência mundial. Enquanto isso, o Brasil ampliará sua capacidade de produzir com competitividade e, sobretudo, com sustentabilidade. A ministra tratou de sustentabilidade e afirmou que nenhum país é mais sustentável que o Brasil e que o Ministério da Agricultura trabalha para que o tema ambiental abra e não reduza mercados ao Brasil. O País cultiva apenas 7,8% do território, conforme estudo da Embrapa. Cerca de 30% do território nacional são unidades de conservação e terras indígenas.

O último relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre áreas protegidas do mundo afirma: o Brasil é que tem a maior área protegida do planeta. Essas realidades fazem parte da sustentabilidade do País e precisam ser conhecidas e reconhecidas internamente e no exterior. A expansão de área de produção, daqui para a frente, se dará pelo avanço das lavouras de grãos sobre pastagens degradadas. Segundo a ministra, a competitividade dependerá de técnicas de edição genômica (New Breeding Technologies – NBT), da bioeconomia (uso intensivo de bioinsumos, química verde, fármacos e compostos bioativos, derivação da biomassa), do uso sustentável dos recursos naturais, da redução do desperdício de alimentos, da gestão de risco climático e da capacidade de agregar valor à produção.

Ela destacou ainda o avanço da agricultura digital, com o uso de sensores, drones, internet das coisas, inteligência artificial, análise de dados e o estudo e conhecimento aprofundado dos microbiomas, agricultura de precisão e a convergência tecnológica (bio, nano e geotecnologias). O aumento do número e o crescimento em participação no setor agrícola das chamadas agritechs (startups ligadas ao agro) está ampliando a competitividade, a sustentabilidade e a produtividade no campo. E adiantou que a transformação digital movimentará US$ 90 bilhões em 2030, seguindo uma tendência de crescimento de 16% ao ano. Com tecnologias de ponta e tendo a sustentabilidade como pano de fundo, o Brasil será o maior, o mais competitivo e o mais sustentável produtor de alimentos do mundo em 2030. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.