06/Ago/2019

Segundo fontes, o governo da China pediu que empresas estatais suspendam as compras de produtos agrícolas dos Estados Unidos. Além disso, as empresas privadas chinesas que haviam recebido isenções de tarifas retaliatórias da soja dos Estados Unidos pararam de comprar o grão norte-americano por causa das incertezas sobre a relação comercial dos países. Mas, o governo chinês desmentiu e afirmou que as companhias chinesas têm comprado produtos agrícolas norte-americanos, inclusive soja. Porém, alguns acordos não foram completados porque os preços não são competitivos.

Ainda segundo o governo da China, entre a cúpula do G20, no final do mês de junho, e o final de julho, os Estados Unidos embarcou 2,27 milhões de toneladas de soja para a China e estima-se que mais 2 milhões de toneladas da commodity partam do solo norte-americano em agosto. Desde 19 de julho, as empresas chinesas realizaram 130 mil toneladas em novos pedidos de soja com empresas norte-americanas. E, das 14 milhões de toneladas de soja dos Estados Unidos que a China havia prometido comprar, apenas 300 mil toneladas estão esperando para serem embarcadas em setembro. No entanto, alguns negócios caíram devido a preços não competitivos de produtos norte-americanos, como milho, vinho e cerveja. Mesmo após as isenções de tarifas, os custos para importar alguns produtos norte-americanos permanecem 30% mais altos que os oferecidos pelos fornecedores domésticos, o que não é comercialmente viável.

De qualquer maneira, uma fonte ligada às negociações comerciais entre Estados Unidos expressou pessimismo sobre as relações entre os dois países e colocou em dúvida a continuidade das conversas após a nova ameaça tarifária por parte do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. De acordo com a fonte, as ameaças do presidente norte-americano são "destrutivas" à medida que os Estados Unidos se afastaram de suas promessas nas negociações entre os dois países. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.