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09/Ago/2019

Amazônia: desmatamentos crescem no último ano

De acordo com dados do Sistema de Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real (Deter), ferramenta do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que fiscaliza ações de desmatamento, a área desmatada da Amazônia em julho atingiu uma área total de 2.254 Km². Isso equivale a mais de um terço de todo o volume desmatado nos últimos 12 meses, entre agosto de 2018 e julho de 2019, período em que o volume total do desmatamento chegou a 6.833 Km². Os 6.833 Km² verificados entre agosto de 2018 e julho de 2019 superam em 49,45% o desmatamento medido nos 12 meses anteriores.

Para evitar distorções, esses números consideram apenas as três categorias de corte de vegetação que o próprio governo identifica como desmatamento efetivo: desmatamento com solo exposto, desmatamento com vegetação e mineração. Se observado apenas o desmatamento de julho deste ano, o volume chegou a 2.254,8 Km² de devastação, um volume 278% maior que o verificado em julho de 2018, quando foram registrados 596,6 Km² de desmatamento. Desde maio, o governo tem desmentido os dados oficiais do Inpe. Quando foram divulgados que os piores índices de desmatamento verificados na última década, com uma média de 19 hectares de vegetação derrubada por hora, o governo passou a confrontar as informações oficiais, colocando em xeque os dados que são divulgados pelo próprio setor público. A divulgação dessas informações tem incomodado profundamente o governo.

O presidente Jair Bolsonaro considerou mentirosos dados divulgados pelo Inpe sobre o aumento do desmatamento da Amazônia. No dia 2 de agosto, ele exonerou Ricardo Galvão da chefia do órgão. O coronel da reserva da Aeronáutica Darcton Policarpo Damião foi escolhido para assumir interinamente o comando do Inpe. O novo diretor efetivo só será escolhido por uma lista tríplice que será montada por comissão. No dia 6 de agosto, o ministro da Ciência e Tecnologia, Inovação e Comunicação afirmou manter no cargo o novo diretor do Inpe, mesmo se forem confirmados os dados produzidos pelo órgão sobre desmatamento. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.