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16/Out/2019

PIB do Brasil deverá ter fraca expansão em 2019

De acordo com o relatório Perspectiva Econômica Mundial do Fundo Monetário Internacional (FMI), lançado nesta terça-feira (15/10), cujo título é "Desaceleração global da manufatura, barreiras comerciais em elevação", foi elevada a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2019, de 0,8% estimado em julho para 0,9% agora. Para 2020, no entanto, a previsão de crescimento passou de 2,4% para 2%. Os crescimentos do Brasil e de outros países emergentes ao redor de 1% neste ano estão relacionados a fatores externos, como a desaceleração da China, que ocorre na esteira da adoção de medidas regulatórias do setor financeiro pelo governo chinês e de disputas comerciais com os Estados Unidos. Fatores idiossincráticos também foram negativos para o crescimento do Brasil no começo deste ano.

Em abril, a estimativa de expansão era de 2,1% este ano, mas houve uma forte revisão para baixo por causa da queda de produção mineral depois da tragédia de Brumadinho (MG). Para 2020, era esperada expansão de 2,5%. Para 2024, último ano do horizonte de projeções do FMI, a estimativa para o PIB brasileiro é de 2,3%. As projeções refletem a previsão de política monetária acomodatícia do Banco Central, que ocorre em um contexto de inflação sob controle. O IPCA deve fechar este ano com alta de 3,8% que chegará a 3,5% ao final de 2020 e registrará 3,5% em 2024. A taxa de desemprego deve encerrar 2019 em 11,8% e terminar 2020 em 10,8%. Em relação às transações correntes, a previsão é de que o indicador deve atingir déficit de 1,2% como proporção do PIB neste ano, deve baixar para 1% em 2020 e deve chegar a 1,6% em 2024. A reforma da Previdência considerada um passo essencial para assegurar a viabilidade do sistema nacional de pensões para aposentados e da dívida pública.

Os spreads de ativos financeiros diminuíram no País com otimismo de que a tão aguardada reforma da Previdência seria aprovada pelo Congresso. Consolidação fiscal adicional será necessária para cumprir o teto constitucional de gastos nos próximos anos. A política monetária no Brasil deve continuar acomodatícia para apoiar o crescimento econômico dado que as expectativas de inflação continuam ancoradas. Para elevar o potencial de crescimento, o governo precisará buscar uma ambiciosa agenda de reformas, incluindo a tributária, abertura comercial e investimentos em infraestrutura. As projeções fiscais para 2019 relacionadas ao Brasil consideram a meta de déficit primário aprovada pela lei orçamentária. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.