12/Dez/2019
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os reajustes de preços da carne puxaram em novembro a inflação dos consumidores de menor poder aquisitivo. O Indicador Ipea de Inflação por faixa de renda mostrou que as famílias com renda familiar de até R$ 1.638,70 por mês tiveram inflação de 0,54% no mês passado. No mesmo período, o custo de vida aumentou 0,43% para as famílias com renda mensal acima de R$ 16.391,58. O orçamento das famílias mais pobres deverá seguir pressionada pela inflação nos próximos meses.
Os preços da carne bovina foram puxados pelo aumento das exportações para a China, que enfrenta os efeitos de um surto de peste suína africana (PSA). Ao mesmo tempo, os meses do verão são sazonalmente marcados pela elevação dos preços dos alimentos in natura. A expectativa é de que o período seja de pressão nos preços. Mas, como a inflação corrente está baixa, o movimento não deverá se espalhar pelos preços como um todo. Como se parte de um ponto de inflação baixa, dá para os preços acelerarem sem atingir um patamar desagradável.
Em novembro, os preços dos alimentos e da moradia ditaram o tom da inflação para os mais pobres. A alta de 8,1% das carnes em novembro contribuiu com 0,28% para a inflação das classes mais baixas. O impacto só não foi maior porque outros produtos da cesta básica ficaram mais baratos, como tubérculos e frutas. A inflação das famílias de renda mais baixa acumulada em 12 meses ficou em 3,40%, ante 3,26% dos consumidores com melhor renda mensal. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.