16/Dez/2019
O presidente norte-americano, Donald Trump, concordou com um acordo comercial com a China que cancela as novas taxas que entrariam em vigor neste domingo (15/12). Em troca, a China aumentará as compras de produtos agrícolas dos Estados Unidos e abrirá outras concessões. O acordo prevê que a China compre US$ 50 bilhões em produtos agrícolas no próximo ano, juntamente com energia e outros bens. Em contrapartida, os Estados Unidos reduzirão a tarifa de importações chinesas, que variam de 15% a 25%. A China tem preocupações em relação a estabelecer metas fixas de compras de produtos norte-agrícolas americanos. De todo modo, o presidente Donald Trump confirmou que o país chegou a um acordo inicial muito amplo com a China.
Por isso, a elevação de tarifas de 10% para 15% sobre cerca de US$ 156 bilhões em bens, que estava prevista para o dia 15 de dezembro, não entrou em vigor. Segundo ele, serão iniciadas as negociações da “Fase 2” do acordo imediatamente, em vez de esperar até depois das eleições de 2020. Donald Trump acrescentou que as tarifas existentes de 25% sobre cerca de US$ 250 bilhões em bens da China não serão alteradas, mas o restante das importações do país terá alíquota de 7,5%. Trump comemorou afirmando que este é um acordo “incrível para todos". Ele informou que a China concordou com muitas mudanças estruturais e compras massivas de produtos agrícolas, energia e bens manufaturados, entre outras. O vice-ministro do Comércio da China, Wang Shouwen, afirmou que as consultas sobre uma segunda etapa do acordo comercial com os Estados Unidos dependerão da implementação da “Fase 1” da iniciativa.
Apesar da discrepância nesse ponto, as autoridades chinesas insistiram em vários momentos sobre a necessidade de cooperação bilateral e os benefícios mútuos nessa relação. O Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR) informou em comunicado que as tarifas existentes de 25% sobre cerca de US$ 250 bilhões em produtos chineses serão mantidas. Outros US$ 120 bilhões em importações da China terão alíquota de 7,5%. O acordo inicial firmado entre os dois países exige reformas estruturais e outras mudanças no regime econômico e comercial da China nas áreas de propriedade intelectual, transferência de tecnologia, agricultura, serviços financeiros e câmbio. O acordo também pressupõe compras adicionais substanciais de bens e serviços dos Estados Unidos nos próximos anos. O USTR ressaltou ainda que o acordo de “Fase 1” estabelece um forte sistema de solução de controvérsias que garante a implementação e a execução rápidas e eficazes das medidas acordadas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.