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21/Jan/2020

PIB global: reduzidas as projeções de crescimento

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a previsão de crescimento para o mundo em 2020, de 3,4% para 3,3% e também para 2021, de 3,6% para 3,4%. A mudança foi motivada, em grande medida, por reduções das projeções para o PIB da Índia neste biênio. As estimativas para a Índia foram alteradas em 1,2% neste ano, de 7,0% para 5,8%, e em 0,9% para 2021, de 7,4% para 6,5%. Há fatores positivos e negativos para as perspectivas econômicas mundiais no médio prazo. Do lado favorável, o acordo comercial “Fase 1” entre Estados Unidos e China pode reduzir incertezas internacionais e gerar certa recuperação da produção de manufaturados e das transações de produtos e serviços em termos globais. Além disso, a conclusão do Brexit também colabora para uma redução de dúvidas sobre o processo de saída do Reino Unido da União Europeia.

Em contrapartida, os riscos para a economia mundial continuam altos, pois as tensões comerciais ainda são elevadas e podem causar problemas maiores para o nível de atividade internacional se piorarem, inclusive com novas disputas dos Estados Unidos com a China ou com países europeus. Há também um novo componente de preocupações geopolíticas, com a crise envolvendo os governos dos Estados Unidos e Irã. O FMI repetiu avaliações feitas no documento Perspectivas Econômicas Mundiais de outubro nas quais apontou que sem os estímulos de políticas monetárias, suas previsões para o crescimento internacional seriam menores em 0,5% tanto em 2019 como também em 2020. O apoio dos bancos centrais para estimular a demanda agregada continuará gerando resultados positivos para a economia global, com destaque para mercados emergentes. No caso das economias avançadas, considerando o modesto potencial de crescimento neste grupo, países com espaço fiscal devem aumentar os gastos com iniciativas que elevarão a expansão da produtividade, inclusive em pesquisa, treinamento e infraestrutura.

Houve corte na projeção de alta do crescimento dos Estados Unidos para 2020, de 2,1% para 2,0% e foi mantida a previsão de alta de 1,7% para 2021. Como o país deve apresentar um incremento de 2,3% em 2019, ocorrerá uma moderação no ritmo de atividade nos dois anos seguintes, devido sobretudo ao retorno para uma posição fiscal neutra e redução do apoio das condições financeiras mais favoráveis, motivadas em grande medida pela política de juros do Federal Reserve (Fed). Para a China, o FMI elevou a estimativa de expansão de 5,8% para 6,0% neste ano basicamente devido à expectativa de redução das disputas comerciais com os Estados Unidos com a assinatura da primeira fase do acordo nesta área, firmado no dia 15 de janeiro. Por outro lado, o elevado nível do contencioso com o governo norte-americano e o necessário fortalecimento das regulações financeiras domésticas devem continuar pesando sobre a atividade do país asiático. Desta forma, foi reduzida a previsão de alta do PIB da China para 2021, de 5,9% para 5,8%.

No caso da zona do Euro, houve ajuste na previsão de crescimento de 2020, de 1,4% para 1,3%, especialmente por causa da contração da produção industrial na Alemanha e desaceleração maior do que o esperado da demanda doméstica e exportações da Espanha. Para o próximo ano, foi mantida a projeção de crescimento de 1,4% para aquela região. Em relação ao Japão, o desempenho saudável dos gastos das famílias, com a contribuição de medidas do governo para compensar o aumento da taxa do consumo, levou à elevação da projeção de alta do PIB de 0,5% para 0,7% em 2020. O Fundo não alterou sua estimativa de elevação do crescimento de 0,5% para o próximo ano, pois acredita que o nível de atividade deve desacelerar um pouco com o fim dos efeitos positivos gerados pelas ações oficiais de estímulo fiscal. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.