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03/Abr/2020

Corrida a supermercados eleva preço de alimentos

Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o resultado do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do fechamento de março ficou próximo das expectativas do mercado, mas suas aberturas mostraram pressões incomuns para baixo e para cima. Em março, o IPC-Fipe avançou 0,10%, levemente abaixo dos 0,11% projetados pela mediana do mercado. A maior surpresa do índice foi a taxa do grupo Alimentação, que acelerou de 0,49% na terceira quadrissemana para 0,93% no fechamento do mês e empurrou o indicador 0,23% para cima.

O comportamento do grupo parece indicar uma pressão de demanda devido à corrida aos supermercados por causa do coronavírus. Houve um excesso de demanda na ponta, o que causou fortes altas até em itens que não apresentam problema de falta de oferta. A pressão sobre as taxas veio do leite em pó (3,92%), óleo de milho (2,40%), arroz (0,94%) e feijão (1,52%). A pressão causada por essa corrida de consumo chegou a aparecer até em outros itens do índice, como o gás de botijão, que avançou 1,33% no mês. A única explicação é a corrida para comprar.

No entanto, a tendência é ver essa pressão de demanda se dissipando nas próximas divulgações. Ao mesmo tempo, a avaliação é de que as pressões baixistas causadas pela crise do coronavírus devem ser mais duradouras, o que levou a Fipe a revisar sua estimativa de IPC de 2020 de 3,55% para 2,81%. A queda dos combustíveis é uma das fontes de pressão baixista no ano. Em março, a gasolina deflacionou 1,25%, enquanto o etanol caiu 1,24%, o que levou o grupo de Transportes à taxa negativa de 0,25% no mês. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.