08/Jun/2020
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou que o Plano Safra 2020/2021 será divulgado no dia 17 de junho. Ela ressaltou, porém, que ainda não tem a taxa de juros fechada para o próximo ciclo agrícola, que tem início em 1º de julho. Segundo Tereza Cristina, a prioridade no crédito agropecuário para a temporada 2020/2021 será, novamente, os pequenos e médios produtores. O governo quer viabilizar os pequenos produtores, para que eles entrem cada vez mais no sistema de produção de alto nível e tenham mais renda. Desde o ano passado, a política agrícola no Plano Safra beneficiou pequenos e médios produtores. Segundo a ministra, o grande produtor dispõe de outras formas de financiamento e podem buscar recursos no mercado.
Ela citou a mais recente ferramenta de captação de recursos para o setor agropecuário, principalmente para grandes produtores, embutida na Lei 13.986, de 7 de abril de 2020 (a antiga MP do Agro), que trouxe várias mudanças no sistema privado de financiamento do agronegócio. De todo modo, para o ano-safra que se inicia em 1º de julho, Tereza Cristina mostrou preocupação em garantir recursos para linhas de investimento, sobretudo Inovagro, Moderagro, PCA e Moderfrota. No caso do PCA, por exemplo, linha destinada à armazenagem, a ministra afirmou não ter ressalvas quanto a cooperativas e cerealistas, mas reforçou que o produtor tem de ter armazém na propriedade.
A ministra citou, além disso, o setor de avicultura, que tem ampliado fortemente as vendas externas e demanda grandes investimentos em segurança alimentar. O setor avícola precisa de muito capital. Cada vez mais se exige em termos de biossegurança na área de sanidade nos aviários. Cada vez mais, é necessário modernizar e atender a mais exigências sanitárias, tanto no mercado interno como no externo. Mesmo demonstrando preocupação com essas linhas de investimento e às portas do anúncio do Plano Safra 2020/2021, a ministra reconheceu que ele ainda não é o que ela gostaria. O Plano poderia ter um pouco mais de recursos, mas o plano vai deixar a agricultura com essa possibilidade, de ter crédito e produzir mais, afirmou Tereza Cristina. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.