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15/Jun/2020

Argentina: produção de grãos poderá recuar 10%

Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a área plantada com grãos na Argentina deve aumentar 2% nesta safra 2019/2020 e a produção deve cair 10%. Além de eventos externos, como a pandemia do novo coronavírus, a guerra comercial entre Estados Unidos e China e o avanço da peste suína africana (PSA), questões domésticas, como escoamento e mudanças tarifárias, também têm provocado impacto no setor. Nos últimos anos, houve aumento de taxas de exportação na Argentina (33% para o complexo de soja, 12% para milho, 12% para trigo, 7% para farinha branca e 7% para o complexo de girassol) e eliminação de taxas diferenciais, que interferiram no planejamento do produtor. Não se sabe se haverá novo aumento ou a reintrodução de restrições de exportação.

Com o vaivém das taxas, a área plantada no país registrou um aumento médio de 4% por ano de 2002 até 2015, mas depois caiu 4,7%, em média, de 2016 até 2019. A expectativa agora é de alta de 2%. A produção média argentina dos últimos cinco anos foi de 53,7 milhões de toneladas, mas deve haver uma queda de 10% na safra 2019/2020. A importância do complexo de soja para a Argentina é crucial para a performance econômica do país, representando 30% das exportações e 5% do PIB, e também é muito importante em termos de arrecadação federal. A Argentina é um dos principais players do mercado internacional e tem uma indústria muito competitiva. Então, o que acontece na Argentina é extremamente importante para o mercado mundial.

Especificamente sobre a Covid-19, a avaliação é de que a pandemia teve um impacto negativo sobre a demanda e também influência no lado da oferta, por causa dos reflexos sobre os transportes. Apesar disso, houve um impacto negativo pequeno na cadeia produtiva local, por causa de uma colaboração público-privada. Hoje, a logística está normalizada e o complexo opera em níveis similares em relação ao ano passado. Além da pandemia, da guerra comercial sino-americana e a peste suína africana (PSA), o país passou por um problema interno, com o Rio Paraná, responsável pelo escoamento de 80% dos grãos para o exterior, atingindo o menor nível em um mês dos últimos 55 anos, o que teria diminuído a capacidade de transporte entre 8 e 10 mil toneladas de grãos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.