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02/Jul/2020

Títulos do agro podem elevar recursos disponíveis

O Banco do Brasil chamou a atenção para os planos de fazer a “ponte” entre produtores rurais e o mercado de capitais. A expectativa é de que, com a emissão de CRA (Certificados de Recebíveis do Agronegócio), CPR (Cédula de Produto Rural) e CDCA (Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio), o Banco do Brasil consiga desembolsar na safra 2020/2021 mais do que os R$ 103 bilhões. Mudanças na legislação, em especial com a Lei do Agro (sancionada no começo de abril), permitirão maior dinamismo aos títulos do agronegócio, como CRA, CPR e CDCA, que se tornarão fontes importantes de recursos para o setor. O banco aposta que, com estes títulos, será possível ir além dos R$ 103 bilhões.

O Banco do Brasil deve lançar em breve o "CRA BB", para que produtores rurais possam captar recursos no mercado de capitais por meio da emissão de CRAs. Uma das ideias é que o dinheiro financie, por exemplo, operações do programa ABC (agricultura de baixo carbono). O banco trabalha na estrutura tecnológica para poder oferecer isso a um número maior de produtores. Em dezembro, o volume de recursos captados por CRAs no Brasil chegava a R$ 42 bilhões e, por CDCAs, a cerca de R$ 10 bilhões. O mercado de capitais está interessado e demandante por papéis do agronegócio. O banco fará uma leve redução dos custos administrativos e tributários (CAT), ou spreads, cobrados do Tesouro nas linhas com taxas de juros equalizadas.

O corte será realizado para linhas de custeio destinadas a médios e grandes produtores e será anunciado nos próximos dias. A diminuição dos percentuais obrigatórios de depósitos à vista e poupança rural destinados ao financiamento da agropecuária, de 30% para 27,5% e de 60% para 59%, respectivamente, não deve afetar a captação de recursos. O montante a ser distribuído em 2020/2021 foi calculado com base nas captações de julho de 2019 a junho de 2020 e, neste período, houve aumento do volume, pelas duas vias. Apesar das reduções (dos percentuais), houve crescimento na disponibilidade de recursos porque a base de captação foi maior. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.