04/Ago/2020
Segundo o Itaú BBA, o aumento da contratação de seguros, especialmente de forma voluntária pelo setor agropecuário, resultará em diminuição dos custos (taxas de juros) do crédito rural. Ainda há muita contratação compulsória de seguros pelo setor, mas, com o avanço da contratação voluntária, haverá redução dos custos do crédito. Além disso, com a incorporação de tecnologia no campo, é natural que o prêmio (valor da apólice) diminua. No entanto, não é só a contratação de seguro rural que reduz o custo das taxas de juros cobradas pelos bancos.
O tempo gasto na discussão das garantias oferecidas por produtores rurais também tem influenciado o custo da dívida, especialmente em um momento em que cresce o número de produtores rurais que pede recuperação judicial. A BrasilSeg corroborou a avaliação do Itaú BBA, lembrando que outros fatores, além do climático, são avaliados na concessão do crédito. Costuma-se falar sobre os cinco 'C' da concessão de crédito, que incluem caráter, condições, capacidade de pagamento.
Não está claro o quanto essa medida, que permite a produtores rurais pedir recuperação judicial, assim como empresas, pode ser benéfica ou não aos produtores rurais, por causa desses outros fatores. O mercado de seguro rural vem crescendo firme nos últimos três anos, em boa medida sustentado pelo aumento do montante destinado pelo governo federal para subsidiar a contratação de seguro. Nos cinco primeiros meses de 2020, o mercado de seguro rural cresceu 40%. A BrasilSeg vem observando o aumento do número de agricultores que têm utilizado recursos próprios para contratar seguro rural. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.