28/Ago/2020

O vice-presidente Hamilton Mourão, que é chefe do Conselho da Amazônia, grupo criado pelo governo federal para combater a destruição da floresta e incentivar atividades ecologicamente corretas, classificou como "surreal" a forma como as notícias sobre incêndios na Amazônia são divulgadas. Segundo os dados de 26 de agosto, existem 24 mil focos de calor na Amazônia. São 24 mil em 5 milhões de quilômetros quadrados, um incêndio a cada 200 quilômetros quadrados. E, 17% desses incêndios são legais. Ele afirmou que o governo sabe onde estão ocorrendo os incêndios ilegais.

Além da situação da Amazônia, Mourão falou sobre o comércio exterior e reformas necessárias ao desenvolvimento da economia brasileira. Ele defendeu a reforma tributária, desprezou a saída de capital estrangeiro do Brasil alegando que são especuladores e afirmou que o Brasil precisa oferecer um ambiente de negócios mais amigável para atrair investidores estrangeiros. Segundo o vice-presidente, em função das mudanças provocadas pela pandemia de Covid-19, o ambiente de negócios está mudando e o Brasil precisa aproveitar a chance para ampliar seus mercados.

Segundo ele, a participação do Brasil no comércio mundial é muito pequena, cerca de 1%. Além disso, o País tem uma imagem ainda abalada por preconceitos. Para Mourão, o que importa é o resultado comercial, não a orientação ideológica do parceiro. Ele também afirmou que há incertezas sobre o acordo econômico entre Mercosul e União Europeia. Ele reclamou sobre a abordagem da imprensa sobre a relação do Brasil com a Alemanha (no caso das queimadas na Amazônia). Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.