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31/Ago/2020

Preços agropecuários sobem com força em agosto

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) ganhou tração e subiu 3,74% na divulgação de agosto do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M). Em julho, o índice havia avançado 3,0%. Com o resultado, o IPA acumula alta de 13,43% em 2020 e de 18,15% em 12 meses. O resultado de agosto é o maior crescimento mensal do IPA-M desde dezembro de 2002, quando havia avançado 4,45%. Considerando a soma de 12 meses, é a taxa mais elevada desde julho de 2008, quando o IPA acumulava 19,39%. Nas aberturas por origem, o IPA agropecuário registrou a maior aceleração e avançou 4,80%, de 3,14% em julho. O índice passou a acumular alta de 17,74% em 2020 e de 32,25% em 12 meses. O IPA de produtos industriais também ganhou tração e subiu 3,34%, após 2,94% em julho.

O indicador acumula inflação de 11,90% em 2020 e de 13,63% nos 12 meses encerrados em agosto. Considerando os estágios de processamento, as matérias-primas brutas voltaram a acelerar e subiram 6,93%, após elevação de 6,35% em julho. A variação foi puxada pelo aumento nos preços do minério de ferro (8,98% para 10,82%), milho em grão (0,83% para 7,04%) e café em grão (-2,41% para 9,81%). Na outra ponta, ajudaram a conter a aceleração os bovinos (8,94% para 4,12%), mandioca (4,87% para -6,92%) e soja em grão (8,89% para 7,04%). Os bens finais também aceleraram, indo a 1,25%, após 0,45% na divulgação anterior. Neste caso, a variação foi puxada pelo subgrupo alimentos in natura, que passou de deflação de 14,63% para queda mais modesta, de 4,28%, no período. Os bens intermediários também ganharam força e subiram 2,73% em agosto, após 2,06% em julho.

O principal responsável pelo movimento foi o subgrupo de materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa acelerou de 0,83% para 2,24% no período. Em 2020, as matérias-primas brutas acumulam alta de 31,15%, os bens intermediários têm inflação de 6,09% e os bens finais, de 4,44%. Considerando o período de 12 meses até agosto, as taxas são, respectivamente, de 39,27%, 8,62% e 8,75%. As maiores pressões para cima sobre o IPA partiram de leite in natura (11,88% para 11,07%) e óleo diesel (13,94% para 8,13%), além do minério de ferro, soja em grão e milho em grão. Na outra ponta, pressionaram o índice para baixo a batata inglesa (-42,58% para -19,72%), feijão em grão (-19,04% para -12,30%), ovos (-8,52% para -4,28%) e celulose (0,99% para -5,41%), além do aipim. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.