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25/Abr/2019

Negociação de algodão avança com oferta da safra

A negociação de algodão no disponível avançou na última semana, com lotes negociados tanto dos estoques da temporada 2017/2018 quanto da safra 2018/2019 que começou a ser colhida em São Paulo. Para a safra 2018/2019, as altas recentes do dólar e a perspectiva de produção recorde no País estimularam vendedores a retomar a negociação antecipada. O indicador Cepea/Esalq está cotado a R$ 2,91 por libra-peso. Em Minas Gerais, foram fechados negócios de algodão da safra 2017/2018 no disponível um pouco abaixo do Esalq, entre R$ 2,83 e R$ 2,85 por libra-peso, de algodão 41.4 para pagamento em 8 dias posto na Região Sudeste. Em São Paulo, começou a negociação de algodão da safra nova, na base Esalq, com pagamento à vista, atualmente na faixa de R$ 2,89 por libra-peso. São negócios pontuais e os produtores indicam um valor um pouco mais alto. O próximo algodão a chegar ao mercado é o de Goiás, que começa a ser colhido no fim de maio.

Os compradores têm adquirido algodão pontualmente no spot. Como existe estoque suficiente para todo o resto da entressafra, os compradores não têm necessidade de adquirir agora, preferem deixar esse estoque na origem por enquanto. Pequenas e médias indústrias estão abastecidas para 20 a 30 dias, enquanto fábricas de maior porte estão supridas para mais tempo. As indústrias estão comprando pouco algodão porque o preço do material acabado (fio e tecido) está baixo. Ainda há volume significativo sendo ofertado, mas é difícil encontrar algodão de qualidade superior. Não têm surgido ofertas de tradings no mercado interno, porque o preço de venda considerando futuros, câmbio e prêmio está descolado do Esalq. Os preços de comerciantes e cooperativas de produtores têm ficado abaixo do Esalq. Trading não está competitiva no mercado interno neste momento no spot.

Para a negociação antecipada da safra 2018/2019, há registro de negócios entre R$ 2,75 e R$ 2,80 por libra-peso, para retirada na Região Centro-Oeste e oeste da Bahia a partir de agosto, aproveitando as altas recentes do dólar ante o Real. Tradings estão comprando nesses níveis em contratos flex. Além da alta do dólar, os produtores estão percebendo que precisam gerar liquidez porque há uma grande safra vindo. Posto em fábricas da Região Sudeste, a indicação de compra é de R$ 2,80 por libra-peso, para entrega a partir de agosto, mas não foram relatados negócios. Para exportação, há registro de negócios por 150 pontos acima do contrato dezembro de 2019 na Bolsa de Nova York FOB no Porto de Santos (SP), o que significaria entre 77,00 e 77,50 centavos de dólar por libra-peso. O clima segue favorecendo o desenvolvimento da safra que está no campo. O clima vem favorecendo as regiões produtoras e a safra deve ser volumosa.

Para a temporada 2019/2020, há registro de negócios entre R$ 2,75 e R$ 2,80 por libra-peso, para retirada na Região Centro-Oeste e oeste da Bahia no segundo semestre do ano que vem. Havia ainda chance de acordos por 200 pontos acima do vencimento dezembro de 2020, em torno de 75,00 centavos de dólar por libra-peso FOB no Porto de Santos (SP). Na Bolsa de Nova York, os futuros de algodão fecharam em baixa nesta quarta-feira (24/04), pressionados pelo avanço do dólar no mercado internacional e pela queda do petróleo. O vencimento julho, atualmente o mais negociado, recuou 79 pontos (1,01%) e fechou em 77,12 centavos de dólar por libra-peso. O fortalecimento da moeda norte-americana torna commodities produzidas nos Estados Unidos menos atraentes para compradores estrangeiros, enquanto o recuo do petróleo melhora a competitividade de fibras sintéticas e pode desestimular a demanda por algodão. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que produtores de algodão do país tinham semeado 9% da área total prevista até o dia 21 de abril, em linha com a média dos cinco anos anteriores. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.