22/Mai/2019
Ao longo de maio, várias negociações de fios 100% algodão ou mistos foram captadas, alguns de volumes pequenos e para entrega nos próximos meses. Entretanto, boa parte das empresas aponta a disputa sobre preços quanto aos valores de fechamentos dos fios. Além disso, ressaltam a lentidão nas vendas dos produtos derivados diante de um mercado consumidor enfraquecido. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em abril/2019, o dispêndio com as importações totalizou US$ 139,55 milhões, queda de 65,5% frente ao mês anterior e de 68,1% em relação ao de abril/2018. Quanto à receita com as exportações, recuou expressivos 92,8% em abril/2019, somando apenas US$ 17,1 milhões. Esse montante está 86,7% inferior ao do mês anterior e 92,8% menor que o de abril/2018.
Nesse cenário, a balança comercial nos primeiros quatro meses de 2019 foi deficitária, em US$ 705,7 milhões, sendo 38,8% menor que a observada em janeiro-abril de 2018 (US$ 1,153 bilhão). Para os demais segmentos, em abril, o de confecções registrou déficit de US$ 66,87 milhões, 68% menor que o do mesmo período do ano anterior. Em seguida, o setor de tecidos teve saldo negativo, de U$S 9,58 milhões, 77,6% inferior que o de abril/2018; o de outras manufaturas ficou deficitário em US$ 6,12 milhões, queda de 78% frente ao quarto mês de 2018, e o de filamentos, de US$ 16,96 milhões, 57,6% menor se comparado ao de abril/2018. O segmento de fibras têxteis, que vinha registrando superávits consecutivos desde agosto/2018, em abril/2019, teve déficit de US$ 12,07 milhões, sendo expressivamente menor que o saldo positivo de US$ 28,1 milhões observados em abril/2018 (-142,9%) e inferior ao superávit de US$ 158,19 milhões de março/2019.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o segmento de “preparação e fiação de fibras têxteis” recuou 5,5% entre março/2018 e março/2019 (últimos dados disponíveis), contra alta de 3,9% entre março/2017 e março/2018. O segmento de “tecelagem, exceto malha” decresceu 4,7% entre março/2018 e março/2019 (no período anterior, foi registrado aumento de 3%); “fabricação de artefatos têxteis, exceto vestuário” recuou 1,5% (sendo +8,4% no anterior); “confecção de artigos do vestuário e acessórios” caiu 3,3% (+1,5% entre março/2017 e março/2018). O segmento de “fabricação de tecidos de malha” registrou queda de 2,2% entre março/2018 e março/2019 (no período anterior, havia tido recuo de 1,6%) e o segmento de “fabricação de artigos de malharia e tricotagem” decresceu expressivos 11,5%, contra baixa de 9,8% no período anterior. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.