26/Jun/2019
No mercado de fios, as empresas permanecem se queixando das vendas enfraquecidas, tanto de fios como de produtos acabados. Para atender à necessidade imediata, alguns negócios de fios 100% algodão e mistos, especialmente com poliéster, foram captados. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o segmento de “preparação e fiação de fibras têxteis” recuou 5% entre abril/2018 e abril/2019 (últimos dados disponíveis), contra alta de 4,3% entre abril/2017 e abril/2018. O segmento de “tecelagem, exceto malha” decresceu 4,4% entre abril/2018 e abril/2019 (no período anterior, foi registrado aumento de 3,1%); “fabricação de artefatos têxteis, exceto vestuário” recuou 2,4% (sendo +9,2% no anterior); “confecção de artigos do vestuário e acessórios” caiu 4% (+2,5% entre abril/2017 e abril/2018).
O segmento de “fabricação de tecidos de malha” registrou queda de 2,8% entre abril/2018 e abril/2019 (no período anterior, havia tido recuo de 1,5%) e o segmento de “fabricação de artigos de malharia e tricotagem” decresceu 9,8%, contra baixa de 10,5% no período anterior. Quanto à cadeia têxtil, dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), apontam que em maio/2019, o dispêndio com as importações totalizou US$ 368,7 milhões, duas vezes mais que os US$ 139,5 milhões do mês anterior e elevação de 12,1% em relação ao de maio/2018. Quanto à receita com as exportações, aumentou expressivamente frente aos US$ 17,1 milhões de abril/19, somando US$ 220,5 milhões em maio/2019. Esse montante também está muito acima dos US$ 87,6 milhões de maio/2019 (+151,8%).
Nesse cenário, a balança comercial nos primeiros cinco meses de 2019 foi deficitária, em US$ 853,9 milhões, sendo 38,8% menor que a observada de janeiro a maio de 2018 (US$ 1,395 bilhão). Para os demais segmentos, em maio, o de confecções registrou déficit de US$ 124,5 milhões, 9% superior ao do mesmo período do ano anterior. Em seguida, o setor de tecidos teve saldo negativo, de US$ 55,1 milhões, 44,7% maior que o de maio/2018; o de outras manufaturas ficou deficitário em US$ 38,4 milhões, queda de 2,3% frente ao quinto mês de 2018, e o de filamentos, de US$ 43,8 milhões, 11,2% maior se comparado ao de maio/2018. O segmento de fibras têxteis, que havia registrado déficit de US$ 12,1 milhões em abril/2019, voltou a ter superávit, totalizando um saldo positivo de US$ 125,9 milhões, sendo expressivamente menor que o superávit de apenas US$ 11,2 milhões observados em maio/2018. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.