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19/Set/2019

Disparidade de preços do algodão limita mercado

A comercialização de algodão no mercado interno movimenta pequenos volumes nesta semana. A demanda existe, mas os produtores têm se recusado a negociar nos preços indicados tanto para o produto disponível quanto para entrega futura. De acordo com dados da Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), cerca de 80% da produção na temporada 2018/2019 já foi negociada. Indústrias das Regiões Sul e Sudeste demonstram interesse por lotes com entrega imediata, mas os produtores seguram a oferta disponível. Essa queda de braço entre vendedor e comprador impede o fechamento de muitos contratos. Os produtores indicam de R$ 2,50 por libra-peso a R$ 2,53 por libra-peso FOB, enquanto as têxteis indicam entre R$ 2,40 por libra-peso a R$ 2,45 por libra-peso nas mesmas condições.

As fábricas alegam baixo consumo na ponta final e, por isso, não aceitam pagar o preço indicado pelo produtor. A despeito disso, o mercado está recebendo algodão novo, mas não no volume esperado para o início de safra. No caso da comercialização futura, os negócios são limitados pelo recuo das cotações na Bolsa de Nova York. Alguns traders apontam recuo de até 15% na comparação com os contratos fixados no mesmo período do ano passado e nas mesmas condições. Diante desse cenário, os produtores têm privilegiado o cumprimento de contratos antigos, à espera de uma reação dos preços. Para exportação, o produtor abriu mão de um valor maior e têm aceitado fechar negócio por 68,00 centavos de dólar por libra-peso, para entrega entre outubro e novembro de 2020. O contrato para dezembro, o mais líquido, está cotado a 60,50 centavos de dólar por libra-peso na Bolsa de Nova York, recuo de 88 pontos (1,43%).

Quanto aos trabalhos de campo, na Bahia, a colheita da pluma está praticamente finalizada, conforme a Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM). A Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) informou que 97% da área de algodão 2018/2019 já foi colhida. A produtividade das lavouras registra leve queda, de 315 por hectare para 300 arrobas por hectare, se comparadas as safras 2017/2018 e a de 2018/2019. Ainda assim, com área maior, de 331 mil hectares, a produção estimada é de 1,5 milhão de toneladas de caroço, ante 1,2 milhão de toneladas na temporada anterior. Para o ciclo 2019/2020, a Aiba espera um aumento de 5% na área plantada, de 347,5 mil hectares. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.