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30/Out/2019

Pressão baixista sobre preços internos do algodão

O ritmo de comercialização no spot nacional está menor nos últimos dias, diante da retração de parte das indústrias, que se mostra abastecida com a pluma adquirida no início deste mês e por meio de contratos a termo. Esse contexto, inclusive, resulta em enfraquecimento nos valores internos do algodão em pluma, que vinham registrando leve movimento de alta desde o começo deste mês. Além do menor ritmo de negociação, os lotes disponibilizados no mercado são, na maioria, de qualidade inferior, o que também influencia a menor liquidez e a queda nos preços. Para exportação, os negócios estão aumentando e os embarques, mais intensos. Mesmo com a queda do dólar neste final de mês, as altas nos preços externos da pluma deixam o mercado internacional mais atrativo que o doméstico. Foram captados maiores volumes nos últimos dias, seja para embarque ainda em 2019 ou para a próxima temporada (2019/2020).

Para entregas rápidas, também envolveram lotes de pluma com características inferiores. No Brasil, o Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registra recuo de 1,29% nos últimos sete dias, cotado a R$ 2,48 por libra-peso. Na parcial de outubro, o Indicador acumula alta de 0,48%. A média da parcial deste mês, de R$ 2,49 por libra-peso, está 1,44% superior à média de setembro/2019, mas 21,05% abaixo da de outubro/2018, em termos reais (valores atualizados pelo IGP-DI de setembro/2019). A média da cotação interna na parcial de outubro está 4% inferior à da paridade de exportação. Em dólar, o Indicador à vista está em 60,55 centavos de dólar por libra-peso em outubro, 17,5% inferior à média do Índice Cotlook A (73,41 centavos de dólar por libra-peso) e 3,69% abaixo do primeiro vencimento da Bolsa de Nova York (de 62,88 centavos de dólar por libra-peso).

Dados captados em outubro/2019 indicam que as negociações para embarque ao mercado externo no curto prazo (até dezembro de 2019) têm média de 66,76 centavos de dólar por libra-peso, ficando 3,69% acima do registrado em setembro/2019 (64,39 centavos de dólar por libra-peso), referente à pluma da safra 2018/2019. Para exportação envolvendo a próxima temporada 2019/2020, a média das informações captadas para o segundo semestre de 2020 foi de 67,29 centavos de dólar por libra-peso em outubro, baixa de apenas 0,05% frente à do mês anterior (67,29 centavos de dólar por libra-peso). A paridade de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship), Porto de Paranaguá (PR), é de R$ 2,64 por libra-peso, com base no Índice Cotlook A, referente à pluma posta no Extremo Oriente. Os quatro primeiros contratos na Bolsa de Nova York registram alta nos últimos sete dias, impulsionados pela elevação do petróleo, que tende a aumentar a demanda pela fibra natural, e pela expectativa de avanço nas negociações entre os Estados Unidos e a China.

O vencimento Dezembro/2019 apresenta valorização de 0,36% nos últimos sete dias, cotado a 64,79 centavos de dólar por libra-peso, e o Março/2020 tem alta de 0,67%, a 65,78 centavos de dólar por libra-peso. O contrato Maio/2020 registra avanço de 0,79%, a 66,54 centavos de dólar por libra-peso e o Julho/2020, de 1,01%, cotado a 67,19 centavos de dólar por libra-peso. Em relação à temporada 2019/2020 norte-americana, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou, em relatório divulgado no dia 28 de outubro, que em 95% da área já houve abertura de maçãs, acima dos 91% do mesmo período de 2018, e que a colheita já atingiu 46%. Em relação à qualidade das lavouras, 40% estão em boas ou ótimas condições, apenas 2% inferiores ao ano anterior; 40% estão em condições medianas, acima dos 31% observados em 2018, e 20%, ruins ou péssimas condições, contra 34% no mesmo período de 2018. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.