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07/Nov/2019

Preço do algodão firme no Brasil com oferta restrita

A negociação de algodão para pronta entrega avança pouco no Brasil, com baixa disponibilidade de fibra. A oferta de qualidade superior chega ao mercado a valores acima do que fábricas se dispunham a pagar. O Indicador Cepea/Esalq está cotado a R$ 2,53 por libra-peso. No mês, a alta acumulada é de 1,01%. Em Minas Gerais, o volume de ofertas no disponível está menor, deixando a negociação lenta nesta semana. Os produtores seguem dando preferência ao cumprimento de contratos preexistentes para exportação. Há muito volume sendo embarcados, mas são contratos que já tinham sido fechados anteriormente. As exportações em outubro de 273,4 mil toneladas superaram em 20% o recorde anterior, observado em dezembro de 2018, de 227,9 mil toneladas.

A paridade de exportação segue acima dos valores domésticos desde o final de agosto, cenário que limita quedas nos preços internos ou até mesmo os eleva. Assim, os vendedores têm priorizado entregas de contratos a termo, especialmente para exportação, sendo que boa parte da safra 2018/2019 já está comprometida. Tradings não têm ofertado grandes volumes internamente. Há interesse de venda a R$ 2,50 por libra-peso, posto na Região Sudeste para pagamento em 8 dias. A indústria deseja adquirir lotes abaixo disso, mas não tem possibilidade para algodão de boa qualidade. Para a safra 2019/2020, os compradores indicam 61,00 centavos de dólar por libra-peso, para retirada na Bahia no segundo semestre do ano que vem, mas não há vendedor por esse valor. Os últimos negócios para 2020 foram observados até a semana passada entre R$ 2,50 e R$ 2,60 por libra-peso, para entrega na Região Sudeste ou por 150 pontos acima do vencimento dezembro FOB no Porto de Santos (SP).

A tendência é de reação nas cotações. O mercado externo avançou e está estável. Mas, o preço interno ainda é considerado baixo. Assim, ajustes podem ocorrer. A indústria tinha a expectativa de que as cotações poderiam recuar com mais força, mas o mercado foi na direção contrária. Nos próximos meses, os produtores vão dosar o volume ofertado, sem muita pressão de venda. As indústrias precisam comprar para dezembro e janeiro. Os futuros de algodão fecharam em baixa nesta quarta-feira (06/11) na Bolsa de Nova York. O mercado foi pressionado pelo enfraquecimento do petróleo, que melhora a competitividade de fibras sintéticas e pode desestimular a demanda por algodão. O vencimento dezembro da pluma recuou 12 pontos (0,19%) e fechou a 63,69 centavos de dólar por libra-peso. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.