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21/Nov/2019

Vendas futuras de algodão estimuladas pelo dólar

A valorização do dólar ante o Real estimula negócios de algodão para exportação desde a semana passada para pronta entrega e para embarque em 2020 e 2021. O Indicador Cepea/Esalq com pagamento em 8 dias, está cotado a R$ 2,55 por libra-peso, acumulando alta de 1,89% no mês. Com o feriado da Consciência Negra em São Paulo (20/11), a B3 fica fechada e não há referência de câmbio futuro. O dólar a R$ 4,20 viabilizou alguns negócios para exportação no disponível em torno de 70,00 centavos de dólar por libra-peso FOB no Porto de Santos (SP), mas não grandes volumes. Do lado de fábricas, o interesse está menor. Muitas indústrias estão compradas para as suas necessidades mais urgentes e devem parar no início ou na metade de dezembro para manutenção ou férias coletivas de fim de ano.

Algumas indústrias já projetam entrar no mercado comprando só a partir da metade de fevereiro para complementar suprimento. Em Minas Gerais, houve maior liquidez para exportação no disponível na semana passada, quando foram fechados negócios de algodão 31.4 36 por 500 pontos acima do vencimento dezembro da Bolsa de Nova York FOB no Porto de Santos (SP), na melhor combinação de futuros e câmbio. A janela de exportação para a China está aberta, e o país está demandando algodão de qualidade maior. O fluxo de embarque na exportação está surpreendente. Nesta semana, a negociação futura está mais aquecida. Há registro de negócios com fibra 31.4 35 por R$ 2,87 por libra-peso para outubro de 2020 e R$ 2,92 por libra-peso para outubro de 2021, com entrega no Porto de Santos (SP).

Os níveis da Bolsa de Nova York, apesar de não serem ainda o que produtor pretende, combinados com o dólar alto, trazem um preço em Reais atrativo, e isso está movimentando o mercado nos últimos sete dias. O fator principal da movimentação do mercado é o câmbio. Estão saindo mais negócios para exportação aproveitando a curva de dólar futuro para 2020 a 2021. Em Mato Grosso do Sul, a comercialização antecipada está travada. Os produtores locais já fecharam boa parte das vendas para aquisição de insumos da safra 2019/2020. Deve haver uma redução de área de 10% no Estado devido a questões climáticas e de rentabilidade, pois atrasou o plantio de soja, e algumas áreas de 2ª safra vão ser plantadas com milho e sorgo.

O estoque de passagem de algodão deve ser grande e a perspectiva não é de preços tão remuneradores como nas safras anteriores. Na Bolsa de Nova York, os futuros de algodão operaram em baixa nesta quarta-feira (20/11), ainda acompanhando os desdobramentos da discussão comercial entre Estados Unidos e China. Há temores de que a relação entre os dois países fique mais estremecida após o Senado norte-americano aprovar um projeto de lei em apoio aos manifestantes contrários ao governo em Hong Kong. Quanto à safra norte-americana, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que 68% da colheita foi concluída, ante 66% na média de cinco anos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.