27/Nov/2019
Após alguns compradores, inclusive da Região Nordeste, se abastecerem no final de outubro e no início de novembro, o mercado de algodão em pluma apresenta baixa liquidez neste encerramento de mês. Os poucos negócios realizados envolvem pequenos volumes para entregas imediatas. Algumas indústrias têm interesse em adquirir novos lotes apenas no início de 2020. Apesar desse cenário, os preços estão em alta, influenciados pela baixa oferta de pluma de qualidade. O Indicador do algodão em pluma CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registra alta de 1,04% nos últimos sete dias, cotado a R$ 2,57 por libra-peso. Na parcial de novembro, o Indicador acumula alta de 2,7%. A média da parcial deste mês, de R$ 2,55 por libra-peso, está 2,34% superior à média de outubro/2019, mas 17,13% abaixo da de novembro/2018, em termos reais (valores atualizados pelo IGP-DI de outubro/2019).
Boa parte dos vendedores permanece focada nos embarques referentes aos contratos a termo. Ainda assim, alguns vendedores ofertam a pluma no spot, mas os compradores interessados alegam dificuldades em encontrar o produto desejado. Os lotes disponíveis seguem apresentando ao menos uma característica (cor, resistência, micronaire, comprimento de fibra ou heterogeneidade). Neste cenário, a maioria destes agentes posterga os fechamentos e/ou segue na tentativa de encontrar outros lotes de maior qualidade. Tradings, por sua vez, priorizam negociações com o mercado externo, mas os fechamentos têm sido limitados pela logística de embarque neste final de ano. A paridade de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship), Porto de Paranaguá (PR), é de R$ 2,72 por libra-peso, com base no Índice Cotlook A, referente à pluma posta no Extremo Oriente.
Os contratos na Bolsa de Nova York estão oscilando nos últimos sete dias, influenciados pelo impasse comercial entre os Estados Unidos e a China, pela variação do petróleo no mercado internacional e pelo enfraquecimento das vendas externas dos Estados Unidos. O primeiro vencimento (Dezembro/2019) apresenta valorização de 0,75% nos últimos sete dias, cotado a 64,69 centavos de dólar por libra-peso. O contrato Março/2020 registra queda de 0,26%, a 65,80 centavos de dólar por libra-peso, o Maio/2020 acumula recuo de 0,64%, a 66,81 centavos de dólar por libra-peso e o Julho/2020, 1,08%, para 67,58 centavos de dólar por libra-peso. Em relação à temporada 2019/2020 norte-americana, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou, em relatório divulgado no dia 25 de novembro, que 78% da área já foi colhida, acima dos 68% registrados no mesmo período de 2018 e 4% acima da média dos últimos cinco anos. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.