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10/Set/2020

Oferta maior pressiona preços do algodão no País

O preço do algodão continua a cair no mercado interno, em função da maior oferta da fibra, mesmo com demanda levemente mais firme por parte das fiações. A retomada das compras da indústria se dá em função do relaxamento do isolamento social e do pagamento do auxílio emergencial à população, que levam a um maior consumo de artigos feitos com algodão. Com a volta do feriado de 7 de setembro, o Indicador apresentou queda, cotado a R$ 3,16 por libra-peso. Tem surgido mais ofertas de algodão por parte dos produtores, o que contribui para a redução do preço. Na semana passada, a demanda pela fibra estava mais firme, mas nesta semana os compradores estão recuados, esperando que as cotações se estabilizem, e isso pressiona os preços.

O dólar vem caindo ante o Real e a Bolsa de Nova York também tem operado em baixa. Isso contribui para a queda nos preços internos. Os preços indicados por compradores são os mesmos do Indicador Esalq do dia 8 de setembro, ou seja, R$ 3,16 por libra-peso, para pagamento em 8 dias. Nos próximos dias, os preços devem se estabilizar para que os negócios voltem a fluir melhor. Há bastante algodão para ser comercializado, com safra recorde. A demanda por algodão é firme, mas abaixo da verificada na última semana de agosto. Os agentes de indústrias alegam ter dificuldades no repasse das altas da pluma aos seus clientes e, por isso, limitam um pouco as compras de novos lotes. Em Mato Grosso, maior produtor nacional da fibra, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) informou que a venda de algodão para a safra 2019/2020 não evoluiu em agosto, avançando apenas 0,98% em relação ao mês anterior, alcançando 80,61% da produção vendida.

Isso é reflexo do recuo por parte da demanda, aliado à menor disponibilidade da fibra no mercado, devido ao ritmo lento no beneficiamento da fibra natural. Além disso, o produtor do Estado tem priorizado o cumprimento dos contratos já firmados. Para a safra futura, referente ao ciclo 2020/2021, mesmo com os preços apresentando uma recuperação no mercado futuro, a comercialização da pluma avançou apenas 1,71% em agosto ante julho, alcançando 38,1% da produção vendida em Mato Grosso. Com as incertezas em relação à demanda internacional e a retomada lenta dos principais consumidores da fibra natural, as negociações ainda seguem tímidas. Desse modo, os poucos lotes negociados no mês fecharam na média do Estado em R$ 110,07 por arroba.

Nesta quarta-feira (09/09), os futuros de algodão fecharam em leve alta na Bolsa de Nova York. Os ganhos foram sustentados pelo avanço do petróleo, que diminui a competitividade de fibras sintéticas e pode estimular a demanda por algodão. O vencimento dezembro da pluma ganhou 18 pontos (0,28%) e fechou a 64,20 centavos de dólar por libra-peso. Na terça-feira (08/09), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informou que a qualidade das lavouras melhorou levemente na semana passada. Isso limitou a alta dos preços. Da safra, 45% apresentava condição boa ou excelente, aumento de 1% ante a semana anterior. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.