21/Set/2020
O Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem do Estado de São Paulo (Sinditêxtil-SP) afirma que a falta de insumos que o setor vive é passageira, mas que a alta do dólar terá de ser absorvida pela cadeia produtiva, pois não deve mudar tão cedo. O setor vai ter de acomodar a alta do dólar. Não há espaço para subir preço. A falta de insumos da indústria atrasa a retomada. Houve uma reunião com vários elos da cadeia e está faltando de tudo: produtos químicos, embalagens plásticas, papelão. A escassez vem do tempo que a indústria ficou parada (cerca de 100 dias) e da retomada do consumo acelerada pelo auxílio emergencial. No entanto, a alta do dólar tem um papel importante na dificuldade de produzir os tecidos.
Os insumos para vários elos dessa cadeia produtiva são importados e cotados em dólar. Assim, passado o tempo de ajuste dos estoques da indústria, o setor terá de lidar com custos mais altos. Aumento de produtividade, eficiência, investimento em maquinário mais moderno e negociação de contratos são formas de reduzir custos. A falta de "espaço" para subir preços vem da competição do vestuário brasileiro e do apetite promocional alto no pós-pandemia. O consumo de artigos de moda tem retomado de maneira mais rápida que o imaginado. Houve o auxílio emergencial e um consumo reprimido. Resta saber se essa retomada em V que acontece em algumas áreas do setor será um “voo de galinha”. Ainda não é possível mensurar os efeitos do fim do auxílio emergencial na retomada do consumo de moda. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.