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16/Out/2020

Preço global do algodão volta ao nível pré-Covid

Os preços do algodão já estão próximos dos níveis anteriores à pandemia de Covid-19 e as importações da China são, em grande parte, responsáveis pelo aumento. O Brasil aparece como um dos maiores beneficiados pelo aquecimento da demanda chinesa, em detrimento dos Estados Unidos, outro grande exportador. Em suas mais recentes previsões, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aumentou o volume para as importações da China em 2020/2021, em 500 mil fardos, para 9,5 milhões de fardos. No lado das exportações, o Brasil provavelmente verá mais aumento do que os Estados Unidos.

Fatores como a rápida recuperação dos preços do petróleo, sinais de melhora econômica na China, mais encomendas da potência asiática para os Estados Unidos, no âmbito do acordo comercial "Fase 1", e fracas previsões da safra norte-americana da fibra contribuíram para o aumento das cotações da pluma. Apesar de o mais recente relatório do USDA ter deixado inalterado o volume das exportações norte-americanas e, ao contrário do que se esperava, não promover nenhuma revisão para baixo da safra do país, houve flutuação dos preços. Além disso, o furacão Delta, que atingiu a costa da Louisiana na semana passada, pode ter causado danos substanciais à safra norte-americana da pluma, em fase de colheita.

No Texas, que é o Estado produtor de algodão mais importante, o desenvolvimento das lavouras vinha sofrendo há meses com o calor e a seca. A proporção da safra classificada em condições ruins ou muito ruins aumentou novamente. Chuvas fortes na Índia também causaram danos ao algodão. Entretanto, o aumento dos estoques fora da China deve cair apenas levemente e limitar o potencial de alta para os preços, sem esquecer dos riscos para a demanda que provavelmente continuarão por algum tempo em virtude da pandemia do novo coronavírus. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.