17/Nov/2020
Segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o custo de produção de algodão em Mato Grosso para a safra 2020/2021 subiu novamente em outubro. O custo operacional efetivo (COE) aumentou 2,04% em relação a setembro, ficando estimado em R$ 9.767,35 por hectare até o mês passado. Os principais itens que sustentaram a valorização foram os fertilizantes e corretivos (+1,13%) e defensivos (+1,51%).
Para o custo operacional total (COT), a estimativa é de R$ 10.121,42 por hectare, aumento de 1,96% no comparativo com setembro. Assim, para que o produtor consiga cobrir pelo menos o seu COE, é preciso que negocie a sua pluma a uma média de R$ 83,83 por arroba. Por fim, é importante salientar que se aproxima o início da semeadura do algodão nas primeiras áreas no Estado, previsto para a terceira semana de dezembro, e os produtores que ainda não finalizaram as aquisições dos insumos poderão se beneficiar com o recuo do dólar dos últimos dias.
Ainda é incerta a área a ser plantada com algodão em Mato Grosso, justamente por causa do alto custo de produção e por causa das incertezas em relação à 2ª safra no Estado, em função do atraso na semeadura da soja. Este fator poderá levar o produtor a optar pelo milho em vez da fibra. Porém, analisando-se o preço médio ponderado pela comercialização da pluma (R$ 101,06 por arroba) e do milho (R$ 30,96 por saca de 60 Kg) e considerando o custo operacional efetivo de cada commodity, a fibra natural ainda é o mais viável em relação ao grão.
Por outro lado, alguns cenários tendem a ser mais vantajosos para o cereal. Por fim, apesar de estar valendo a pena economicamente cultivar a fibra, o produtor pode reduzir ainda mais a área de algodão devido ao encurtamento da janela de semeadura no Estado. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.