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27/Jan/2021

Têxteis: balança comercial superavitária em 2020

Os dados das transações externas acumuladas em 2020 chamam a atenção. Após 14 anos consecutivos de déficit, a balança comercial da cadeia têxtil registrou superávit no ano passado, puxada pelo segmento de fibras têxteis. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em 2020, as importações totalizaram US$ 3,75 bilhões, queda de 19,9% frente ao ano anterior. A receita total com as exportações cresceu 16,7%, para US$ 3,99 bilhões. Assim, a balança comercial em 2020 ficou superavitária em US$ 232,06 milhões, contra déficit de US$ 1,27 bilhão em 2019.

O superávit é o maior desde 2005, quando foi de US$ 683,9 milhões. Em 2020, a exportação de fibras têxteis apresentou superávit de US$ 3,1 bilhões, 31,9% superior ao de 2019. O segmento de confecções, por outro lado, registrou déficit de US$ 1,44 bilhão, recuo de 16,5% frente ao do ano anterior. Em seguida, o segmento de tecidos teve saldo negativo, de US$ 617,26 milhões, 26,9% menor; o de outras manufaturas ficou deficitário em US$ 333,83 milhões, 26,2% de melhora entre 2019 e 2020. Para o segmento de filamentos, o saldo negativo foi de US$ 307,53 milhões, 28,6% menor que o déficit de 2019, enquanto o de fios caiu 1% no mesmo comparativo, para US$ 160,81 milhões.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, de outubro para novembro (dados mais recentes), a atividade industrial (com ajuste sazonal) cresceu pelo sexto mês consecutivo, 2,3% para o setor de “fabricação de produtos têxteis” e 11,3% para o de “confecção de artigos do vestuário e acessórios”. Nas vendas do comércio varejista, a atividade de “tecidos, vestuário e calçados” avançou 3,6% frente aos dados de outubro/2020, mas caiu 4,9% se comparada há um ano.

Na comparação de novembro/2019 com novembro/2020, o setor de confecção de artigos de vestuário e acessórios recuou apenas 0,6%, mas o de produtos têxteis teve forte elevação de 10,7%. Para o segmento de “preparação e fiação de fibras têxteis”, a alta foi de expressivos 32,8%, a maior elevação já registrada, desde o início da série, em janeiro/2003. O setor de “fabricação de artigos de malharia e tricotagem” recuou 11,3%, enquanto o de “fabricação de artefatos têxteis, exceto vestuário” cresceu 3,7%. O segmento de “tecelagem, exceto malha” avançou 8,2% e o de “fabricação de tecidos de malha”, 7,6%. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.