03/Fev/2021
Os preços do algodão voltaram a subir recentemente no mercado internacional, depois de dispararem 50% em dezembro de 2020 na comparação com abril do mesmo ano, quando foram registrados os níveis mais baixos da pluma em 11 anos, em virtude da crise pandêmica. A fibra natural acompanhou o boom que a escalada do milho trouxe para os grãos e fez outros mercados agrícolas subirem novamente. Perspectivas de redução da safra norte-americana e exportações dos Estados Unidos ainda elevadas contribuem para o cenário positivo do algodão. Parte da flutuação dos preços do algodão já pode ser influência de um movimento reativo dos produtores norte-americanos, ante os altos preços do milho e da soja.
Os agricultores dos EUA provavelmente reduzirão a área de algodão em favor do milho e da soja na safra 2021/2022. A área plantada de algodão deverá recuar entre 5% e 7%. A revisão acentuada da última safra da pluma nos EUA, feita pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), em novembro, foi o que finalmente colocou a balança em um déficit. Além da safra menor, as vendas de algodão nos EUA estão em um nível alto nesta temporada. A China continua sendo a protagonista do sucesso nas vendas norte-americanas da pluma. Desde o início de agosto de 2020, 3,05 milhões de fardos de algodão dos EUA foram exportados para a China, em comparação com apenas 564 mil fardos no mesmo período do ano anterior. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.