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12/Fev/2021

Preço do algodão segue em alta no mercado físico

A negociação de algodão no disponível é pontual, de acordo com a necessidade de indústrias. Os preços, contudo, continuam firmes. O Indicador Cepea/Esalq, pagamento em 8 dias reduziu o ritmo de alta, mas segue atingindo recordes. Na quarta-feira (10/02), fechou a R$ 4,70 por libra-peso e atingiu o maior patamar nominal da série histórica, iniciada em julho de 1996. As indústrias estão procurando algodão disponível e para contrato futuro com entrega de agosto em diante. Mas, está difícil de os produtores quererem vender, pois estão preocupados com a próxima safra e a volatilidade de mercado. Para algodão 41.4, as fábricas indicam o Esalq, na faixa de R$ 4,70 por libra-peso. O grande problema está em algodão de qualidade, que vendedor está segurando e não há muita oferta. A procura continua superando os lotes à venda no disponível. Indústrias menores, que precisam repor estoques, se veem tendo que desembolsar os valores pedidos por produtores.

Em algumas semanas, surgem ofertas de trading no mercado doméstico, mas nesta semana não ter há interesse, uma vez que esses lotes dependem das condições de futuros e câmbio. Os preços internos do algodão em pluma seguem atingindo novos recordes nominais, mas a intensidade do movimento de alta se enfraqueceu nos últimos dias. Isso porque os valores domésticos se distanciaram dos da paridade de exportação, o que tem afastado compradores do spot nacional e deixado vendedores um pouco mais flexíveis, mesmo os que estão com o foco no cumprimento de contratos com o mercado externo. Na semana entre 30 de janeiro e 8 de fevereiro, o Indicador ficou, em média, 12,4% acima da paridade de exportação. A liquidez diminuiu neste início de fevereiro, prevalecendo as aquisições "da mão para a boca" no spot nacional, pois as indústrias se mostram preocupadas com o repasse das valorizações da pluma aos produtos finais.

Mesmo assim, o volume ofertado permanece inferior ao demandado. Os preços tendem a seguir firmes até a entrada da safra 2020/2021, uma vez que a demanda global está aquecida a oferta mundial está mais restrita. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu a previsão de estoque final de algodão na temporada 2020/2021 para 936 mil toneladas, ante 1,002 milhão de toneladas previstos em janeiro. O USDA também reduziu a previsão de estoque mundial 20,97 milhões de toneladas para 20,84 milhões de toneladas. Quanto à negociação para entrega a partir do segundo semestre, as fábricas buscam adquirir algodão a fixar, usando como referência o Esalq do período do embarque, mais ágio por qualidade. Alguns negócios têm saído nesses níveis, mas são poucos, não é um volume expressivo. Os produtores mantêm a cautela nas vendas, diante de dúvidas com relação à próxima safra e da volatilidade de preços por causa de câmbio, da Bolsa de Nova York e da oferta e demanda mundial mais justa. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.