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19/Fev/2021

Tendência de alta do algodão no mercado interno

Os preços de algodão no Brasil seguem em alta, sustentados pela valorização recente dos futuros e do dólar ante o Real, mas as negociações avançam pouco no disponível. As fábricas indicam dificuldade de repasse das altas da matéria-prima para o preço de fios e tecidos. O Indicador Cepea/Esalq, com pagamento em 8 dias, está cotado a R$ 4,80 por libra-peso, novamente batendo recorde nominal da série histórica. Na parcial do mês, a elevação é de 5,24%. O preço aumenta diariamente.

A indústria não quer pagar esse valor, e o produtor não quer menos do que o Esalq, assim, não saem negócios. O algodão que tem aparecido para venda está sendo direcionado para exportação. Em função da combinação de futuros e câmbio, tradings não só não ofertam lotes internamente como em alguns casos pagam prêmio sobre o Esalq para absorver novos volumes para venda externa. Do lado das fábricas, o apetite de compra está menor.

A indústria afirma que não pode pagar esse preço porque não consegue repassar. Os produtores, atentos às elevações recentes, não aceitam negociar pelo Indicador do dia anterior. A evolução da negociação nos próximos meses dependerá do estoque na virada da safra, sobre o qual ainda restam dúvidas. A comercialização futura da safra 2020/2021 avança pouco. Além da incerteza sobre fatores macro (sem queda do dólar não deve ter baixa no preço), o tamanho da safra de algodão ainda é uma incógnita.

Em Mato Grosso do Sul, a 1ª safra foi plantada, mas a semeadura da 2ª safra está atrasada, pois a soja tardou na colheita. Agora, está chovendo muito, o que dificulta a retirada dos grãos. Isso pode inviabilizar o plantio de algodão 2ª safra, porque a janela está passando (o limite era 15 de fevereiro). Caso não seja possível plantar algodão, os produtores devem optar por milho ou sorgo, que estão com preços atrativos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.