12/Mar/2021

Apesar da volatilidade dos preços do algodão, há indícios de que o mercado da pluma está se estreitando ainda mais. O preço do algodão registrou altas e baixas desde que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) publicou estimativas, no dia 9 de março. O USDA corrigiu, para baixo, sua previsão para a mais recente safra dos Estados Unidos, reduzindo marginalmente números para os estoques finais globais em 2020/2021. Contudo, as primeiras estimativas para a próxima safra norte-americana apontam para um aumento em 2021/2022 de 19%.

Este aumento é baseado, principalmente, na suposição de que a proporção de áreas abandonadas, que na última temporada era muito alta e será menor este ano. Em contrapartida, a demanda pela pluma ainda dá sinais de queda. As vendas dos Estados Unidos caíram 32% nesta semana, e 27% em comparação com o nível médio das quatro semanas anteriores. Aparece ainda, neste cenário incerto, o Brasil, principal concorrente do algodão norte-americano. O Real debilitado está gerando incertezas. Isso torna as exportações mais atraentes. Em fevereiro, o Brasil exportou 39% mais algodão do que no mesmo mês do ano passado.

Contudo, mesmo que o preço do algodão tenha caído um pouco em comparação com a máxima de sete anos, alcançada em fevereiro, o nível de preços provavelmente permanecerá alto. Há um segundo déficit global previsto para 2021/2022, portanto, o aperto deve continuar. A seca no Texas, o estado produtor mais importante dos Estados Unidos, continua sendo um fator de risco. No entanto, mesmo no melhor cenário, uma queda adicional nos estoques norte-americanos provavelmente será inevitável, pelo menos se a demanda permanecer robusta, como supõe a maioria dos observadores. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.