10/Mai/2021
Segundo o Itaú BBA, os preços do algodão na Bolsa de Nova York devem seguir firmes, diante do balanço de oferta e demanda global apertado na safra 2020/2021 e da expectativa de que essa situação deve mudar pouco em 2021/2022. Os preços se recuperaram com a melhora das perspectivas de crescimento econômico global, as condições mais secas no oeste do Texas e o anúncio de cota adicional de 700 mil toneladas de importação por parte de estatais da China.
A estimativa do Conselho Consultivo Internacional do Algodão (Icac) é de déficit global de 1 milhão de toneladas, com o consumo crescendo 1,4% sobre a safra anterior e a produção ficando praticamente estável. O cenário também é de oferta e demanda bastante justa nos Estados Unidos para a safra 2021/2022, o que sugere que provavelmente será outro ano com redução dos estoques locais. Entretanto, caso se prolongue o imbróglio relacionado à não importação dos Estados Unidos de produtos feitos com algodão da região de Xinjiang e as consequentes retaliações chinesas, isso pode pressionar as cotações na Bolsa de Nova York.
Por outro lado, se parte da necessidade de importação chinesa for redirecionada ao Brasil poderemos observar melhoras nos prêmios do algodão local. Para o mercado interno, a projeção é de preços firmes, influenciados pelo desempenho dos futuros e pela cautela de produtores em ofertar a fibra a qualquer preço. Isso se deve às boas condições financeiras do produtor e às incertezas em relação ao tamanho da safra no Brasil diante da seca que tem acometido parte de Mato Grosso. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.