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30/Jul/2021

Preços do algodão sustentados com a baixa oferta

A negociação de algodão no disponível é limitada, com produtores focados no cumprimento de contratos e tradings ofertando poucos lotes internamente. O Indicador Cepea/Esalq, com pagamento em oito dias, está cotado a R$ 5,01 por libra-peso. No mês, o ganho acumulado é de 6,88%. Saem negócios pontuais no spot. O produtor está focado na entrega de contratos. Os poucos lotes disponíveis para venda são de produtores que não se enquadram nas exigências de contratos antecipados. O mercado tem liquidez nos níveis de Esalq, com fábricas obtendo lotes tanto da parte de produtores como de tradings. A qualidade da fibra tem vindo acima do esperado, apesar dos problemas relatados com adversidades climáticas no maior Estados produtor, Mato Grosso. Os preços são sustentados pelo nível ainda baixo de disponibilidade de algodão.

Do lado do comprador, por ora, poucas indústrias estão atuantes nas aquisições. A maioria das fábricas estava retraída na expectativa de mais oferta no fim de julho, o que não se confirmou. Com os estoques baixando, pode haver um "efeito manada" de busca por suprimento que dê suporte às cotações. A oferta no disponível deve crescer na segunda quinzena de agosto. O mercado de algodão em pluma continua registrando negociações pontuais para atender à necessidade imediata de algumas indústrias e/ou comerciantes. Além disso, a preocupação quanto à qualidade e à quantidade na temporada 2020/2021 aumenta ainda mais a lentidão do mercado. Os produtores permanecem firmes nos valores indicados. O volume de pluma disponível no mercado spot, de modo geral, é baixo e originário da Bahia, que está com as atividades no campo mais avançadas. Parte das indústrias exerce pressão sobre os valores, uma vez que, além da preocupação quanto ao repasse dos preços da pluma, as vendas ao longo da cadeia estão aquém do esperado. Outras empresas seguem utilizando o produto em estoque.

Parte dos vendedores tem que ceder para realizar acordos. O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) informou que as primeiras áreas do algodão de 2ª safra 2020/2021 de Mato Grosso começaram a ser colhidas na última semana. Quase todo o algodão da 1ª safra foi colhido. Com isso, a colheita no Estado atingiu 17,13% da área até o dia 23 de julho, avanço de 5,04% na comparação semanal. No entanto, há atraso de 9,46% em relação a igual período da safra passada e de 3,28% ante a média dos últimos cinco anos, o que se deve à semeadura realizada mais tarde nesta temporada. Entre as regiões, a mais adiantada continua sendo a nordeste do Estado (81,69%), e a mais atrasada, o centro-sul (9,99%). Com relação ao rendimento das áreas colhidas, houve redução na comparação com a semana anterior, com a média do Estado fechando em torno de 290 arrobas por hectare de algodão em caroço.

A expectativa é de que, conforme a colheita avance sobre as áreas mais tardias, o rendimento fique pressionado, principalmente nas lavouras que foram semeadas depois da segunda quinzena de fevereiro. Para entrega nos próximos meses, os compradores têm interesse em fechar acordos a fixar, mas os vendedores querem entregar contratos, antecipar o beneficiamento e ver a qualidade da safra. Para entrega no início do ano, há demanda tanto a fixar como a preço fixo, R$ 4,95 por libra-peso posto nas Regiões Sul e Sudeste, mas os produtores não mostram interesse em vender neste momento. Para a safra 2021/2022, tradings indicam 400 pontos acima do vencimento dezembro do ano que vem FOB no Porto de Santos (SP), para embarque a partir de agosto. Contudo, os produtores estão focados na colheita e beneficiamento da safra atual por enquanto. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.