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24/Set/2021

BA: previsão de aumento de área em 2021/2022

Segundo a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), a safra 2020/2021 de algodão na Bahia foi encerrada com alta produtividade e boa qualidade da fibra. O Estado colheu 1,261 milhão de toneladas de algodão em caroço que foram beneficiados em 516,9 mil toneladas de pluma. Números que mantém a Bahia como o segundo maior produtor nacional da fibra. Chuvas bem distribuídas ao longo do ano agrícola, bicudo bem controlado e menor pressão de pragas, em geral, refletiram diretamente nas boas marcas alcançadas nas fazendas e nos laboratórios de análise de fibra de algodão na Bahia. A produtividade da temporada 2020/2021 no Estado alcançou 315 arrobas de algodão em capulho por hectare, com rendimento de pluma em torno de 41%. O rendimento do produto beneficiado atingiu 1,938 toneladas por hectare. Na região oeste da Bahia, onde se concentra a produção, a produtividade foi de 320,8 arrobas de algodão em capulho por hectare ou 1,973 toneladas de pluma por hectare. A produção na safra também foi marcada por uma boa qualidade da fibra.

Mais de 1,8 milhão de amostras, de um total esperado de 3 milhões, já foram processadas no laboratório de Análise de Fibras da Abapa, em Luís Eduardo Magalhães. O clima foi muito bom para a qualidade do algodão, com chuvas quando precisava chover e ausência delas no momento da colheita. Essa condição, por si só, já contribui para a cor e o brilho do produto. O manejo de pragas e doenças, as variedades plantadas e as tecnologias incorporadas nas lavouras também contribuem na classificação da pluma. Os índices alcançados na classificação instrumental, através do HVI (High Volume Instrument), também foram muito positivos, especialmente as características intrínsecas da fibra, como tamanho e finura. Com clima bom e trabalho dos produtores, o Estado está obtendo ótimos resultados neste ciclo. O controle do bicudo-do-algodoeiro e outras pragas foi outro ponto de destaque da temporada 2020/2021. O índice de infestação nas lavouras da região oeste da Bahia de 1,61% ficou em linha com o observado no ciclo 2019/2020, de 1,56%, e menor que o registrado na temporada 2019/2019, de 2,69%, segundo dados do Programa Fitossanitário da Abapa.

O indicador considera a média de bicudos por botões atacados. O produtor investiu no monitoramento intenso até o final do ciclo, e isso refletiu diretamente na alta produtividade alcançada no período. De uma maneira geral, pode-se afirmar que o bicudo não trouxe perdas ou danos expressivos em 2020/2021. Para a safra 2021/2022, a estimativa é de que a área deve crescer 9% ante a temporada anterior, quando foram semeados 266.662 hectares com a commodity. Ainda não foram consolidados os números exatos de intenção de plantio e a decisão do produtor será diretamente ligada ao mercado. Os preços da commodity estão favoráveis ao produtor, oscilando entre 90,00 e 95,00 centavos de dólar por libra-peso na Bolsa de Nova York. Também é levada em consideração a rentabilidade e o custo de produção, e, nesta conta, a soja, e mesmo o milho, têm levado vantagem nos últimos anos. A previsão é conservadora, tendendo a otimista. Deve haver um discreto aumento de área. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.