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20/Out/2021

Tendência de baixa do algodão no mercado interno

No dia 11 de outubro, o Indicador CEPEA/ESALQ do algodão em pluma, com pagamento em 8 dias, atingiu pela primeira vez a casa dos R$ 6,00 por libra-peso, mas, desde então, passou a cair de forma consecutiva, cotado a R$ 5,90 por libra-peso, recuo de 1,77% nos últimos sete dias. A pressão vem das quedas nos valores internacionais e na paridade de exportação e da redução na demanda doméstica. Parte dos vendedores brasileiros segue firme nos preços indicados, mas alguns chegam a ceder, especialmente os que precisam fazer caixa. Indústrias ativas, por sua vez, preocupadas com o repasse dos preços da matéria-prima, indicam valores ainda menores. Nesse cenário, o ritmo de negócios está menor. Mesmo diante das recentes quedas, na parcial de outubro, o Indicador ainda registra alta, de 4,2%.

A média deste mês, de R$ 5,89 por libra-peso, está 5,8% acima da paridade de exportação, o que mantém o spot nacional mais atrativo que a venda externa. Além disso, a média mensal é um recorde nominal e, em termos reais, é a maior desde abril/2011 (R$ 8,23 por libra-peso). Os valores foram deflacionados pelo IGP-DI, base em setembro/2021. Quanto às negociações antecipadas, algumas empresas realizam programações com entregas para os próximos meses, sobretudo para novembro, ao passo que outras já buscam garantir a pluma da temporada de 2022. Para exportação, embora boa parte dos agentes esteja focada no cumprimento dos contratos a termo, alguns negócios são firmados, especialmente para 2021/2022. Ressalta-se que problemas logísticos e portuários dificultam os embarques da pluma.

A paridade de exportação na condição FAS (Free Alongside Ship), é de R$ 5,60 por libra-peso (101,62 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Santos (SP) e de R$ 5,61 por libra-peso (101,81 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Paranaguá (PR), com base no Índice Cotlook A, referente à pluma posta no Extremo Oriente. Os contratos na Bolsa de Nova York estão oscilando com certa força, mas, no balanço dos últimos sete dias, registram recuo. Os valores são influenciados por realização de lucros, por redução das vendas semanais norte-americanas e pela desvalorização do petróleo. Dessa forma, o vencimento Dezembro/2021 apresenta baixa de 2,5% nos últimos sete dias, a 107,04 centavos de dólar por libra-peso. O contrato Março/2021 está cotado a 104,95 centavos de dólar por libra-peso, queda de 2,14% na mesma comparação.

O contrato Maio/2022 apresenta desvalorização de 1,96% no período, a 104,07 centavos de dólar por libra-peso; e o Julho/2022 tem baixa de 1,51%, a 102,53 centavos de dólar por libra-peso. Quanto às exportações brasileiras, até a terceira semana de outubro, conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou 89,7 mil toneladas de algodão, 36,1% abaixo de todo o volume embarcado em setembro e 62,8% inferior à quantidade escoada em todo o mês de outubro/2020. A média diária de vendas externas está em 8,97 mil toneladas, contra 6,68 mil toneladas em setembro, ou seja, 34,4% maior. O preço médio está em 78,88 centavos de dólar por libra-peso (R$ 4,32 por libra-peso, considerando-se, neste caso, a média do dólar na parcial de outubro, de R$ 5,48), aumentos de 2,59% frente ao do mês passado e de 15,2% em um ano. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.