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10/Nov/2021

Tendência de alta nos mercados interno e externo

Com os elevados preços externos do algodão, o valor para exportar a pluma brasileira, representado pela paridade de exportação, voltou a ficar mais atrativo que a cotação no spot brasileiro. Atentos a esse cenário, os vendedores estão firmes nos valores indicados, enquanto parte dos compradores com maior necessidade cede nos preços pagos, especialmente para adquirir lotes de melhor qualidade. Com isso, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, vem renovando, há três dias consecutivos, o recorde nominal da série histórica do Cepea, iniciada em julho de 1996 e está cotado a R$ 6,06 por libra-peso, avanço de 1,95% no acumulado da parcial de novembro. A média da parcial deste mês, de R$ 6,01 por libra-peso é a maior da série mensal, está 30,8% acima da verificada em novembro de 2020 (em termos reais – médias deflacionadas pelo IGP-DI), e, apesar disso, está 2,6% abaixo da paridade de exportação.

Vale lembrar que o Indicador operou acima da paridade de exportação por 12 meses seguidos. A paridade de exportação é de R$ 6,09 por libra-peso (109,84 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Santos (SP) e de R$ 6,10 por libra-peso (110,03 centavos de dólar por libra-peso) no Porto de Paranaguá (PR), com base no Índice Cotlook A, referente à pluma posta no Extremo Oriente. Os quatro primeiros vencimentos da Bolsa de Nova York registram alta, devido às altas do petróleo, ao atraso na colheita dos Estados Unidos e a expectativas positivas quanto ao controle da pandemia de Covid-19. O contrato Dezembro/2021 está cotado a 116,55 centavos de dólar por libra-peso, avanço de 1,48% nos últimos sete dias; Março/2022 está cotado a 113,29 centavos de dólar por libra-peso, reação de 1,26% no mesmo período.

Os contratos Maio/2022 e Julho/2022 estão cotados a respectivos 111,72 centavos de dólar por libra-peso e 108,90 centavos de dólar por libra-peso, valorizações de 1,87% e de 1,08% nos últimos sete dia. Os preços na Bolsa Chinesa (ZCE) também se elevaram. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em outubro, foram exportadas 203,09 mil toneladas de algodão, o maior volume desde março/2021 (222,13 mil toneladas), com alta de 44,8% frente ao mês anterior, mas queda de 15,8% sobre outubro/2020. O valor médio ficou em 77,83 centavos de dólar por libra-peso, altas de 1,22% na comparação mensal e de 13,65% na anual. Considerando-se o dólar médio em outubro/2021, de R$ 5,53, em Reais, o valor na pluma exportada foi de R$ 4,30 por libra-peso, sendo 27,1% menor que a do Indicador brasileiro (de R$ 5,90 por libra-peso) e 23,86% abaixo da paridade de exportação do mês passado (de R$ 5,65 por libra-peso).

Dados da Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM) mostram que, em outubro/2021, foram registradas 57,63 mil toneladas em novos negócios para exportação envolvendo as safras 2020/2021, 2021/2022 e 2022/2023, aumento de 62,3% ante ao mês anterior, mas queda de 30,1% frente aos registros de outubro/2020. Desse volume, 9,72% têm opção para o mercado interno, recuo de 9,8% frente ao observado em setembro/2021 e de 9,45% em um ano. Para o mercado interno, o volume comercializado totalizou 83,49 mil toneladas em outubro/2021, 85,8% acima da quantidade de setembro/2021 e 37,9% ante à de outubro/2020. Até o final de outubro/2021, 38,46% do volume estimado para a safra 2020/2021 havia sido comercializado, enquanto para a safra 2021/2022, 19,31% já está comprometida.

Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.